(Mt 21,23-27) Converter-se ao Deus de Jesus, deixar que ele renasça
e ocupe um lugar em nossa vida significa também entrar na lógica do Espírito, que
é uma lógica dinâmica e imprevisível. O Espírito é como vento que sopra onde
quer, nos recorda Jesus. Pobre de quem quiser prendê-lo, encarcerá-lo dentro de
lógicas sadias e santas, mas sempre e apenas humanas. Para os chefes dos
sacerdotes, o problema é que Jesus fala sem carteira de pregador! Mas ele não
faz parte da casta sacerdotal, não tem nada a ver com os rabinos e fariseus,
não desempenha um papel especial na renascente organização do templo... Com que
direito então ele se apresenta como pregador? Certo, por trás desta desculpa
esfarrapada está a inveja por um sucesso inesperado, e se apela à regra para
não ver a substância... Isso pode acontecer também conosco, infelizmente, e
também com a Igreja. Existem católicos sempre prontos a oferecer patentes de
catolicidade que a Igreja se recusa a dar, crentes mais papistas que o Papa e
mais devotos que Deus... Jesus desconcerta todos, propondo como modelo João
Batista, que todos consideravam um profeta, mas que estava longe de um
encastelado na hierarquia sacerdotal. Não coloquemos limites à fantasia de
Deus! (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013,
p. 106)
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