(Mt 10,21-24) Felizes nossos olhos que vêm, felizes nossos ouvidos que
ouvem, felizes nossas vidas que sabem. A felicidade extraordinária de sermos
cristãos, de termos recebido e acolhido a mensagem cristã está hoje no centro
do nosso dia, da nossa reflexão. Estamos na caminhada do advento para acolher
mais uma vez o extraordinário anúncio da encarnação, para fazermo-nos berço,
para acolher mais uma vez o inaudito de Deus. Já somos cristãos, mas jamais o
somos definitivamente, nunca o somos para sempre. Por isso temos necessidade do
advento, por isso levamos muito a sério este caminho: para combater o demônio
do hábito e a arrogância de quem já se sente em casa. Felizes os nossos olhos
se vêm, e os nossos ouvidos se ainda escutam. E as nossas mãos se ainda tocam.
Felizes porque isso significa que nos fizemos pequenos, a ponto de podermos
acolher a pequenez de Deus que se entrega aos pobres de coração, aos modestos,
àqules/as que o mundo sempre considera inapropriados/as. Felizes porque tomamos
consciência do grande dom que recebemos: podermos viver como filhos/as de Deus.
E sê-los de verdade. Com este espírito descobrimos o que somos. (Paolo Curtaz, Parola
& Preghiera, dezembro/2013, p. 22)
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