As Igrejas do ocidente
recordam hoje São Patrício, evangelizador e primeiro bispo da Irlanda. Nascido
em território britânico no ano 390, pouco antes de completar 16 anos Patrício
foi capturado por piratas irlandeses que o venderam como escravo na Irlanda.
Durante os seis anos de escravidão, Patrício trabalhou como pastor, e sua
solidão foi preenchida por uma consoladora experiência da presença do Senhor ao
seu lado.
Com esta forte experiência, Patrício
fugiu da Irlanda e buscou preparar-se para a ordenação presbiteral. Neste
período, provavelmente tenha passado algum tempo em algum mosteiro da França.
Não se sabe se chegou a emitir votos, mas seu amor pelos mosteiros e pelos
monges é amplamente conhecido. Para completar seu pouco conhecimento do latim,
Patrício exercitou a leitura das sagradas escrituras, nas quais acabou
descobrindo sua vocação de evangelizador, e isso o levará aos extremos confins
da terra.
No ano 432 Patrício foi
enviado à Irlanda como bispo. Durante trinta anos ele percorreu de ponta a
ponta esta ilha, difundindo o Evangelho, fundando comunidades e organizando os
diversos grupos de cristãos que já existiam. Foi desprezado por ser estrangeiro
e criticado no próprio interior da Igreja por sua pouca cultura. Graças à sua
grande humanidade e à sua paixão pelo Evangelho, Patrício conseguiu concluir
com alegria a missão recebida, como testemunha em suas Confissões, um documento autobiográfico no qual narra com um estilo
evangélico a própria experiência missionária.
Patrício morreu provavelmente
em 461, mas não se sabe exatamente onde. Sobre sua vida floresceram muitas
lendas, o que fez dele um dos santos mais amados da Idade Média. Sua memória é
celebrada pelos católicos romanos, pelos anglicanos e pelos luteranos.
(Comunità de Bose, Il
libro dei testimoni, San Paolo, Milano, 2002, p. 156-157)
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