Manifesto de
2000 teólogos aos membros do Conclave
“Muitos ensinamentos do Concílio Vaticano II não foram
concretizados ou apenas parcialmente traduzidos na prática. Isto é devido à
resistência de alguns ambientes, mas também sobretudo, em certa medida, à não
resolvida ambiguidade de alguns documentos conciliares. Uma das principais
causas da estagnação moderna depende do não
entendimento e dos abusos no
exercício da autoridade na nossa Igreja. De modo concreto os seguintes
temas exigem uma urgente reformulação.
O papel do Papado
necessita de uma clara redefinição baseada nas intenções de Cristo. Como
supremo pastor, como elemento unificador e principal testemunha da fé, o Papa
contribui de modo essencial para o bem da Igreja Universal. Mas a sua autoridade não deveria obscurecer,
diminuir nem suprimir a autentica autoridade que Cristo deu diretamente a todos
os membros do Povo de Deus.
Os bispos são vigários de Cristo e
não vigários do Papa. Eles possuem
a responsabilidade direta sobre o povo de suas dioceses e uma responsabilidade
compartilhada com os outros bispos e com o Papa, do âmbito da comunidade
universal da fé. O Sínodo central
dos bispos deveria assumir um papel mais decisivo no planejamento, na
orientação e no crescimento da fé em nosso mundo tão complexo.
Concilio Vaticano recomendou a colegialidade e a corresponsabilidade em todos os níveis. Isto não
foi transformado em ação. Os vários organismos presbiterais e conselhos
pastorais previstos pelo Concilio, deveriam envolver
os fiéis de modo mais direto nas decisões relativas à doutrina ao exercício do
ministério pastoral e à evangelização no âmbito da sociedade secular.
O abuso de preencher os postos de guias da Igreja apenas com candidatos com uma determinada mentalidade é algo que deveria ser eliminado. Em vez disto, deveriam ser formuladas e monitoradas novas normas assegurando que as eleições para estas tarefas sejam conduzidas de modo correto, transparente e o mais democrático possível.
A Cúria Romana necessita de uma reforma mais radical baseada nas instruções e na visão do Vaticano II. A Cúria deveria limitar-se aos seus úteis papéis administrativos e executivos. A Congregação para a Doutrina da fé deveria ser ajudada por comissões internacionais de peritos escolhidos independentemente em função de sua competência profissional. Essas não são todas as mudanças necessárias. Devemos considerar ainda que a implementação dessas revisões estruturais exigem uma elaboração detalhada e relacionada com as possibilidades e com as limitações das circunstancias presentes e futuras. Destacamos porém que as reformas sintetizadas a cima são urgentes e a sua concretização deveria iniciar-se imediatamente.
O abuso de preencher os postos de guias da Igreja apenas com candidatos com uma determinada mentalidade é algo que deveria ser eliminado. Em vez disto, deveriam ser formuladas e monitoradas novas normas assegurando que as eleições para estas tarefas sejam conduzidas de modo correto, transparente e o mais democrático possível.
A Cúria Romana necessita de uma reforma mais radical baseada nas instruções e na visão do Vaticano II. A Cúria deveria limitar-se aos seus úteis papéis administrativos e executivos. A Congregação para a Doutrina da fé deveria ser ajudada por comissões internacionais de peritos escolhidos independentemente em função de sua competência profissional. Essas não são todas as mudanças necessárias. Devemos considerar ainda que a implementação dessas revisões estruturais exigem uma elaboração detalhada e relacionada com as possibilidades e com as limitações das circunstancias presentes e futuras. Destacamos porém que as reformas sintetizadas a cima são urgentes e a sua concretização deveria iniciar-se imediatamente.
O exercício da autoridade na nossa
Igreja deveria seguir o padrão de abertura, responsabilidade e democracia
encontrados na sociedade moderna. A liderança deveria ser correta e confiável, inspirada na humildade e
no serviço, com uma transparente solicitude para com o povo, em vez de se
preocupar com as normas e a disciplina; anunciar Jesus Cristo que liberta; ouvir
o espirito de Cristo que fala e age por meio de todos e de cada um".
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