Dia 13
de junho | Sábado | 10ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (5,33-37)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
que visa iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode
ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos e gostaríamos, mas que
é necessária, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante
é um modo de não reduzir nossa fé à simples assistência de celebrações virtuais
e de impedir que seja um tempo estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, repetindo
várias vezes: Senhor, eu não sou digno que entres em minha casa, mas diz uma Palavra
e isso me basta!
· Ou ouça e cante o
mantra: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra: inunda meu ser, permanece em
nós! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=WvGW83JfnyM)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 5,33-37
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Estamos na primeira etapa da formação dos discípulos/as
de Jesus na perspectiva do Reino de Deus
· Como estamos vendo, Jesus inaugura uma postura
inovadora em relação às leis e costumes do judaísmo, e ensina isso aos seus
discípulos/as
· Hoje, no dia em que fazemos memória de Santo Antônio,
ele nos instrui sobre a integridade e a coerência entre o falar e o agir
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra de
Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Acolha e deixe ressoar em você este quarto exemplo de
Jesus sobre como cumprir plenamente o que a Lei diz
· Será que nossa comunicação em geral, mas também aquela
que exercitamos no interior da família e na comunidade eclesial não vem sendo
esvaziada por falta de autenticidade?
· Como e em que o ensino de Jesus que estamos meditando
nos ajuda a melhorar nossa comunicação interpessoal e eclesial?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Acolha serenamente
a mensagem que o texto transmite a você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Como Deus iniciou
o diálogo, e agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Peça que Jesus lhe ensine a ser autêntico/a,
verdadeiro/a e transparente, sem disfarçar e sem bajular
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple a vida à
luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Que passos nossas Igrejas, especialmente as
comunidades, precisam dar para favorecer uma comunicação clara, direta e
verdadeira, sem a necessidade de recorrer a promessas e barganhas?
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso
e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração
desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
mantra: Louvarei a Deus, seu nome bendizendo! Louvarei a Deus, à vida nos
conduz! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-aYxTsYWn5Q)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Ó
Senhor, sois minha herança e minha taça; meu destino está seguro em vossas
mãos! Eu bendigo o Senhor que me aconselha, e até de noite me adverte o
coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho ao meu lado,
não vacilo” (Salmo 15/16).
SUBSÍDIO
O Evangelho nos ensina que a comunidade cristã deve
ler e interpretar a Bíblia relacionando-a com o que Jesus fez e disse. Ele é a
chave de leitura da Bíblia! Hoje, na festa de Santo Antônio, vamos meditar
sobre mais um exemplo da releitura crítica e libertadora que Jesus faz das
escrituras: transparência e verdade naquilo que comunicamos. A propósito, Santo
Antônio diz: “A palavra é viva quando são nossas
ações quem falam.”
Sentimos com muita força o
esvaziamento da palavra e das relações, e não apenas por causa da doença social
das fake news. Ficamos sem saber o
que fazer para assegurar crédito àquilo que dizemos, e percebemos que
promessas, juramentos, documentos assinados e registrados acabam ajudando
pouco. Até na Igreja, às vezes as palavras são evasivas, não dizem tudo,
disfarçam e desviam. E então a simples repetição de dogmas e fórmulas não
resolve.
Jesus critica o costume judaico
de jurar para reforçar a palavra. Ele diz que por trás do mandamento de cumprir
o juramento feito está o valor da autenticidade. Por isso, não precisamos de
juramentos ou documentos formais quando nosso sim é sim e nosso não é não,
quando somos íntegros na comunicação e nas relações. Geralmente recorremos a um
juramento quando o que dizemos não tem crédito, quando afirmamos algo que não
somos ou que dificilmente faremos.
Para Jesus, a pretensão de
reforçar a palavra vazia e a promessa mentirosa com juramentos é coisa do
diabo, é obra daquele que divide. Jurar por Deus para esconder falsidade ou
debilidade da vontade é uma forma de tentar, forçar ou manipular Deus. É usar o
nome de Deus em vão, mais ainda, usar Deus para enganar e fazer o mal. Jesus
nos ensina que dos/as discípulos/as do Reino de Deus se espera atitudes de
confiança, coerência e integridade. E isso não cai do céu, mas brota de uma boa
educação ética.
(Itacir
Brassiani msf)
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