Dia 22
de junho | Segunda-feira| 12ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (7,1-5)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
que visa iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode
ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos e gostaríamos, mas que
é necessária, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante
é um modo de não reduzir nossa fé à simples assistência de celebrações virtuais
e de impedir que seja um tempo estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Senhor Jesus, tu és a luz do mundo! Senhor Jesus, és luz da minha alma!
Saiba eu acolher o teu amor! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=XwvphXOxS4A&list=PLoom52qiw20h-kXq5B5LEn_-1waWRLUZb&index=6)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 7,1-5
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Jesus forma seus discípulos/as na correção fraterna
· Ele sabe, e nós precisamos ter bem presente, que somos
uma comunidade de pecadores/as
· Por isso, a correção fraterna é necessária, mas há uma
pedagogia e uma medida: ninguém pode se colocar no lugar de Deus, a quem cabe o
julgamento
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Deixe ressoar em você cada palavra e cada frase dessa
lição sobre a correção fraterna na comunidade familiar e cristã
· Detenha-se na imagem do cisco e da medida (balança ou
trena)
· Também você tende às vezes a ceder a um julgamento
implacável, a uma crítica sem autocrítica?
· Como e quando seu olhar sobre os irmãos e irmãs é
turvo, e quando é puro e transparente?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· A serenidade, como a água tranquila de um lago,
permite que o outro se reflita como é, sem parcialidades e perturbações: seu
coração e seus juízos são serenos?
· Peça a Jesus um olhar limpo e sereno sobre os outros,
e delicadamente autocrítico sobre si mesmo/a
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Haveria algo a
mudar ou a melhorar nas críticas e avaliações que as autoridades da Igreja fazem sobre a sociedade? Não seria
interessante perceber os ciscos presente no próprio olhar?
· O que fazer para cultivar um olhar e um coração puro?
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante: Confiemo-nos
ao Senhor, ele é justo e tão bondoso! Confiemo-nos ao Senhor, Aleluia! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=fTL5e3RZDr4)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Somos um pouco aquilo que vemos e como vemos. O outro
tende a se tornar como eu o vejo, e eu, como vejo o outro.” (Fausti)
SUBSÍDIO
Continuamos na primeira etapa de formação que Jesus oferece a seus
discípulos/as missionários. Jesus é realista, e sabe que formamos comunidades
de homens e mulheres imperfeitos, que estão a caminho, e tem muito caminho pela
frente. Quando ele nos pede que sejamos perfeitos como o Pai é perfeito, na
verdade está pedindo empenho no próprio crescimento, e não perfeição. E hoje ele
ilustra o que significa ter coração puro.
Como seguidores de Jesus, como gente que o escolheu como mestre da vida,
precisamos discernir e assumir relações e práticas coerentes com a novidade do
Reino de Deus, tanto no âmbito social como no interior da comunidade. Partindo
da convicção de que todos/as somos pecadores/as e limitados/as, precisamos
conjugar a necessária correção das faltas dos irmãos e irmãos com uma serena
capacidade de autocrítica. A crítica sem autocrítica, sem olhar e coração puro
pode virar hipocrisia.
Jesus não diz que devemos nos omitir diante das faltas e limites da vida
comunitária, mas pede que nosso olhar seja puro e correto: precisamos limpar
nosso olhar e purificar nossos juízos. E não podemos cair na tentação de ocupar
o lugar de Deus, a quem compete o julgamento final. Privar os outros de
misericórdia é impedir a misericórdia consigo mesmo. A balança e a trena com
que medimos os outros serão aplicadas sobre nós mesmos.
Com o exemplo do cisco no olho do irmão e da trave no nosso próprio
olhar, Jesus sublinha que julgar e condenar os outros sem autocrítica é
ridículo e hipócrita, é inaceitável para um/a discípulo/a missionário/a. Na
revisão de vida, o “eu” vem antes que o “eles”. Caso contrário, deixaremos de
ser comunidades alternativas, capazes de fecundar a história com a novidade do
Reino de Deus. E isso sem eliminar a crítica profética!
(Itacir Brassiani msf)
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