Dia 21
de junho | Domingo| 12ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (10,26-33)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
que visa iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode
ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos e gostaríamos, mas que
é necessária, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante
é um modo de não reduzir nossa fé à simples assistência de celebrações virtuais
e de impedir que seja um tempo estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: A verdade vos libertará, libertará! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=udLw5npxd74)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 10,26-33
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Depois de chamar e enviar seus discípulos/as em
missão, e depois de precavê-los em relação às dificuldades da missão, Jesus
prossegue com algumas orientações
· Nos versículos de hoje, ele sublinha o caráter público
da mensagem do Reino e assegura a presença confortadora do Pai, que afasta todo
medo
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Deixe ressoar em você cada palavra e cada frase deste
sermão missionário de Jesus
· Procure deter-se naquela que lhe fala mais alto hoje;
por quê?
· Quais são hoje os medos que inibem a força e o
dinamismo da missão pública dos cristãos? Você também os sente?
· Onde, em que e com quem você busca encorajamento para
viver a missão profética com serenidade e firmeza?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Fale ao Senhor dos medos que rondam sua vida cristã, e
dos medos que inibem e acanham a ação da Igreja no Brasil
· Coloque-se no lugar dos cabelos e dos pardais, e deixe
brotar sua oração de coragem e perseverança na missão
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· O que Jesus diria aos cristãos católicos brasileiros
de hoje, muitos deles receosos de perder a influência aos neopentecostais ou de
perder privilégios do Estado brasileiro?
· O que Jesus diria àqueles/as que, por medo, calam
diante do projeto genocida e antidemocrático do governo federal?
· O que Jesus diria aos cristãos que preferem
esconder-se no ambiente seguro dos templos e na repetição de normas morais para
não anunciar publicamente a Boa Nova da justiça?
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante: Se
calarem a voz dos profetas, as pedras falarão... (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=X6yE5Qd6daE)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
A lembrança da crucificação de Jesus ainda era muito recente. Os/as
discípulos/as sabiam que era perigoso seguir alguém que havia terminado tão
mal. Recordavam o que Jesus dissera: “O discípulo não está acima de Seu
Mestre”. O que fizeram a ele poderão fazer conosco.
Jesus não queria que os Seus discípulos tivessem ilusões. Por isso,
dizia claramente que ninguém pode pretender realmente segui-lo sem compartilhar
de alguma maneira a Sua sorte. Em algum momento, alguém nos rejeitará,
maltratará, insultará. O que temos que fazer?
Mas Jesus nos encoraja: “Não tenham medo deles!” O medo é ruim, e jamais
deve paralisar seus discípulos. Não podemos calar, não podemos deixar de
propagar a Sua mensagem por nenhum motivo. E nos diz como encarar a
perseguição. O que ainda está oculto e escondido a muitos, um dia ficará claro.
“O que Eu vos digo à noite, dizei em plena luz do dia”. O que ele nos
explica ao anoitecer, temos que comunicar sem medo, em plena luz do dia. “O que
Eu vos digo ao ouvido, proclamai dos telhados!” O que ele nos sussurra ao
ouvido para que penetre bem no coração, precisamos tornar público.
Jesus insiste que não devemos ter medo. Quem fica com Ele, nada tem que
temer. O último julgamento será para uma surpresa alegre. O juiz será o Pai do
céu, aquele que os ama infinitamente. O defensor será ele mesmo: “Eu me
colocarei do lado de vocês!”
Jesus
imaginava os Seus seguidores como um grupo de crentes que sabem colocar-se do
Seu lado sem medo. Por que somos tão pouco livres para abrir novos caminhos mais
fiéis a Jesus? Por que não nos atrevemos a apresentar de forma simples, clara e
concreta o essencial do Evangelho?
(José Antônio Pagola)
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