Dia 18
de junho | Quinta-feira | 11ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (6,7-15)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
que visa iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode
ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos e gostaríamos, mas que
é necessária, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante
é um modo de não reduzir nossa fé à simples assistência de celebrações virtuais
e de impedir que seja um tempo estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, repetindo
várias vezes: Senhor, eu não sou digno que entres em minha casa, mas diz uma Palavra
e isso me basta!
· Ou ouça e cante Tua
Palavra é luz do meu caminho (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 6,7-15
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Este texto está situado na primeira etapa de formação
dos discípulos/as de Jesus sobre a novidade do seu Evangelho
· Jesus não nutre entusiasmos ingênuos em relação à
prática da oração, comum a todas as religiões, e propõe um modo de rezar
próprio de quem entra no dinamismo do Reino de Deus
· Quais são, segundo Jesus, as características mais
marcantes da oração dos/as discípulos/as do Reino de Deus?
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Deixe ressoar em você este ensino inovador de Jesus,
que ele viveu em primeira pessoa: colocar-se inteiramente nas mãos do Pai e
realizar fiel e criativamente sua vontade
· Como você, sua família e sua comunidade tem exercitado
o direito à oração? Em que ela está focada nestes tempos de distanciamento
social e crise política e econômica?
· Há algo a ser revisto e melhorado na sua forma de
rezar?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Como Deus iniciou
o diálogo, e agora é sua vez de falar
· Peça que Jesus inspire e sustente uma oração centrada
na expectativa e no empenho pessoal pelo Reino de Deus
· Assuma a atitude orante de Jesus e reze com as
palavras e frases que ele nos propõe no evangelho de hoje, deixando que cada
expressão ressoe profundamente em você
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Como viver, em âmbito pessoal, familiar e eclesial, uma
espiritualidade e uma oração focada em Deus e no advento do seu Reino?
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
mantra: Louvarei a Deus, seu nome bendizendo. Louvarei a Deus, à vida nos
conduz! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-aYxTsYWn5Q)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Jesus prossegue sua formação aos discípulos/as,
deslocando sua atenção das prescrições legais para a prática da oração. Não
faltemos a esta importante lição da nossa formação permanente, mantenhamo-nos
bem dispostos e não nos deixemos distrair por nada.
Em alguns versículos do texto de ontem Jesus
já nos advertia para a atitude correta na oração. Por mais que a oração cristã
tenha também uma marca comunitária e um caráter público, o que nos move não é o
desejo de impressionar, de receber aplausos, de ostentar piedade. No horizonte
da novidade de Jesus e do advento do Reino de Deus, a oração tem suas marcas e
exigências próprias.
Jesus não pretende nos ensinar uma fórmula de
oração a ser repetida em todas as ocasiões, mas uma atitude a ser assimilada e
um horizonte de inspiração. Jesus sublinha que nossa oração deve estar focada
no Pai, no seu Reino e na sua Vontade (a quem se referem três frases) e nos
irmãos, nossas relações com eles, suas necessidades e as ameaças que sofremos
(quatro referências).
Para Jesus, o desejo que deve mover nossa
oração é, antes de tudo, que o nome de Deus seja honrado na afirmação da
dignidade dos seus filhos e filhas; que seu Reino venha para demolir as
estruturas injustas e instaurar uma ordem mais humana; que sua vontade seja a
inspiração de todos os projetos e ações pessoais, eclesiais e sociais.
Em segundo lugar, Jesus ensina a apresentarmos
a Deus nossas necessidades mais pungentes: que não falte a ninguém o pão de
cada dia; que tratemos nossas tensões e curemos as feridas relacionais mediante
o perdão, sinal do Ano da Graça; que vençamos a tentação de desistir diante do
desafio de viver como comunidade alternativa no meio do mundo; que sejamos mais
fortes que o maligno.
(Itacir Brassiani msf)
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