Dia 29
de junho | Segunda-feira | 13ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (8,18-22)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Aquele que vos chamou, aquele que vos chamou é fiel! Fiel é aquele que
nos chamou! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a atenção
o texto de Mateus 8,18-22
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Jesus forma seus discípulos em casa, nas sinagogas, no
meio do povo, nas travessias e em tudo o que faz
· Ele responde às mais profundas buscas que se aninham
em nosso ser, mas não faz média com interesses mesquinhos e costumes
cristalizados
· Por isso, as advertências e puxões de orelha fazem
parte da nossa formação nos caminhos do Reino
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Preste atenção nas atitudes e nos pedidos do escriba e
do discípulo: O que há de semelhante? O que há de diferente?
· Cada um deles tem dificuldade de romper com algo
· Jesus propõe uma vida quase nômade, itinerante, sem
estabilidade definitiva, e uma urgência que não admite postergar para amanhã as
decisões importantes
· De que você ainda precisa se desapegar para ser livre
e generoso no seguimento de Jesus?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Coloque-se diante de Jesus com suas mãos abertas,
cheias daquilo que você distribuiu
· Apresente a ele os nomes e rostos dos irmãos e irmãs,
pais e mães, que você recebeu seguindo os passos dele
· Fale a Jesus sobre aquilo que ainda lhe custa deixar,
mudar, passar adiante, colocar a serviço de um novo mundo possível
· Peça a ele a graça do despojamento e da itinerância,
para ir com ele onde quer que ele vá
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Quais são as barreiras ou fardos que ainda impedem que
sejamos comunidades de discípulos/as missionários/as?
· Quais são as fronteiras que limitam a vida e a missão
das nossas comunidades, e que precisamos atravessar?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos
meus seguindo os teus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qpCS0gucq6c)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Depois de nos apresentar três relatos das curas realizadas por Jesus –
sinais da chegada do Reino de Deus como vida abundante – Mateus nos apresenta
três cenas focalizadas em atitudes questionáveis de Jesus, duas das quais
meditamos hoje. São uma espécie de advertência ou correção de Jesus para quem
deseja ser seu discípulo/a e não se dá conta das exigências que isso comporta.
Jesus inicia a passagem do espaço judaico para o terreno dos pagãos,
marcado por uma presença mais ostensiva dos invasores romanos, e um escriba ou
mestre da lei se apresenta como candidato ao discipulado sem ser chamado. Ele
vê em Jesus um mestre ou guru importante, mas um entre tantos. Não passa pela
sua cabeça que Jesus propõe uma ruptura radical com a estabilidade e a instituição,
e nem leva em conta que é sempre o mestre quem escolhe seus discípulos/as.
Jesus responde sublinhando o contraste entre a estabilidade dos mestres
da lei e a mobilidade e itinerância da comunidade que se reúne ao seu redor. Jesus
é um pregador itinerante, avesso à instalação e estabilidade própria de
instituições fechadas e sólidas. A comunidade de discípulos de Jesus vai contra
a corrente, é um caminho que exige ousadia e firmeza, uma comunidade que se
situa no limiar entre o mundo em que vivemos e o outro mundo possível.
Em seguida, um daqueles que já seguiam Jesus se mostra disposto a
continuar o caminho e “passar para a outra margem”, mas pede um tempo, uma
licença para cuidar do pai até a sua morte, pois parece ser arrimo de família.
Seu pedido não é nada demais, mas Jesus sublinha que o discipulado não admite
parênteses, e está mesmo acima das obrigações de piedade e com a família. Jesus
e o Reino de Deus devem ser a prioridade absoluta.
(Itacir
Brassiani msf)
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