Dia 23
de junho | Terça-feira| 12ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (7,6.12-14)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
que visa iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode
ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos e gostaríamos, mas que
é necessária, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante
é um modo de não reduzir nossa fé à simples assistência de celebrações virtuais
e de impedir que seja um tempo estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Senhor Jesus, tu és a luz do mundo! Senhor Jesus, és luz da minha alma!
Saiba eu acolher o teu amor! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=XwvphXOxS4A&list=PLoom52qiw20h-kXq5B5LEn_-1waWRLUZb&index=6)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 7,6.12-14
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Jesus continua a formação dos/as discípulos/as e nos apresenta
hoje aquilo que costumamos chamar de “regra de ouro”
· Ele nos adverte que não são muitas as pessoas
dispostas e focar a vida no outro, de tomar a iniciativa, de fazer o bem sem
esperar nada em troca
· Por isso ele fala de estrada estreita e porta apertada
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Deixe ressoar em você cada palavra e cada frase dessa
lição sobre a regra de ouro que deve inspirar nossas relações
· Detenha-se na imagem da estrada e da porta, e busque
compreender seu sentido à luz da Boa Notícia do Reino
· Também você tende às vezes a fazer o bem focado na
expectativa da retribuição?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Apresente a Jesus suas dificuldades de ser gratuito/a,
de amar e servir a fundo perdido, sem cobrar dividendos
· Peça a Jesus Cristo a graça exigente de manter-se fiel
ao caminho que ele traçou e trilhou, o caminho estreito e a porta apertada que
levam à vida
· Peça também pela sua família e sua comunidade, para
que não cedam facilmente à comodidade e às facilidades que seduzem, prometendo
tudo, menos uma Vida que mereça esse nome
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Identifique os resquícios de relações “negociais ou
comerciais” que permanecem em você e sua família, e estabeleça metas e práticas
para superá-las ou reduzi-las
· Alegre-se com os/as discípulos/as que, mesmo sendo numericamente
poucos, percorrem o caminho estreito e entram pela porta apertada, fazendo a
diferença na Igreja e no mundo
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante: Confiemo-nos
ao Senhor, ele é justo e tão bondoso! Confiemo-nos ao Senhor, Aleluia! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=fTL5e3RZDr4)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Continuamos frequentando as lições de Jesus, Mestre da vida, que nos
forma como discípulos/as missionários/as. Para hoje, a Igreja nos propõe um
versículo (v. 6) que parece mais ligado ao trecho que meditamos ontem (crítica
e autocrítica), omite os versos que ressaltam a eficácia da oração (v. 7-11) e
nos convida a meditar sobre a regra de ouro, que mede a avalia todas as nossas
relações.
“Portanto, façam às pessoas o mesmo que vocês desejam que elas façam a
vocês. Esta é, de fato, a lei e os profetas!” É isso que Jesus jamais anulou, e
veio destacar com sua vida e seu ensinamento. É esta a régua que avalia os/as
discípulos/as do reino. Ela dá primazia ao outro, sublinha o apreço e o
respeito por ele, afasta relações de indiferença, raiva e violência.
Aqui Jesus alarga o horizonte das relações dos/as discípulos/as. O foco
não é mais a comunidade interna, mas “as pessoas” em geral. E não se trata de
ser juntos e bom com as pessoas esperando que elas nos retribuam. Ao seguidor/a
de Jesus basta ser bom/boa, e o retorno não entra no orçamento e na
contabilidade. Esta é a novidade do Reino de Deus. Realista que é, Jesus
adverte que são poucas as pessoas que ousam este modo de viver.
Jesus recorre às imagens da porta e da estrada, que, no ambiente do
império romano, eram meios de propaganda e de controle, espaços de controle
militar, de exploração econômica (cobrança de impostos) e de dominação
violenta. Falando do caminho estreito e da porta apertada do Reino Jesus não se
refere à carroçada de prescrições morais que padres e pastores costumamos impor
ao povo, mas à necessidade de “primeirear”, de seguir seu estilo de vida, de
ser uma comunidade alternativa. Para os cristãos, não há outro caminho que
possa levar à vida.
(Itacir
Brassiani msf)
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