Dia 14
de junho | Domingo | 11ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (9,36-10,8)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
que visa iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode
ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos e gostaríamos, mas que
é necessária, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante
é um modo de não reduzir nossa fé à simples assistência de celebrações virtuais
e de impedir que seja um tempo estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, repetindo
várias vezes: Senhor, eu não sou digno que entres em minha casa, mas diz uma Palavra
e isso me basta!
· Ou ouça e cante Tua
Palavra é luz do meu caminho (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 9,36-10,8
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Este texto está situado na dobradiça que une o relato
da impressionante peregrinação de Jesus pelo santuário das dores humanas e o
envio de discípulos para a mesma missão
· O evangelista deixa claras duas coisas: que o motor da
ação missionária e solidária de Jesus e dos discípulos é a compaixão; que Jesus
não imagina cumprir essa missão sozinho
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra de
Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Situe-se na cena, acompanhe Jesus, observe suas ações,
contemple os/as discípulos/as, sinta-se também chamado/a pelo nome, acolha o
envio confiante de Jesus
· Deixe ressoar em você a atitude fundamental de Jesus:
percorrer cidades e vilarejos, anunciar a Boa Notícia do Reino, curar o povo de
tudo o que o fere, agir pela compaixão
· Jesus forma seus discípulos e os envia pedindo-lhes
prioridade às “ovelhas perdidas da casa de Israel”, às pessoas e grupos
excluídos da cidadania e da religião: o que essa prioridade significa para você
e para a Igreja hoje?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Como Deus iniciou
o diálogo, e agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Visualize as diversas situações onde a necessidade é
maior, e peça ao Pai, com a intensidade e a urgência próprias de Jesus, mais
missionários/as apaixonados por Deus e pelo povo
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple a vida à
luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Jesus confia aos seus missionários não apenas a tarefa
de anunciar o Reino ou celebrar seus sinais, mas pede também ações
restauradoras e libertadoras
· O que precisamos mudar ou melhorar em nosso modo de
fazer missão e de estabelecer prioridades?
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso
e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração
desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Em Jesus, Deus não quis fazer um simples
passeio no mundo, mas assumir a fundo nossa condição humana. Jesus caminha sem
pressa pela Galileia: vê e contempla a realidade e as pessoas; olha de frente e
a partir de dentro a realidade humana e social; seu olhar não tem nada de
passividade, indiferença ou julgamento. Como o samaritano, ele vê e, movido
pela compaixão, socorre.
O olhar de Jesus não identifica apenas doentes
terminais, mortes inexplicáveis ou cegueiras causadas por espíritos maus. Ele
não vê também apenas uma multidão anônima, sem rosto e sem nome. Ele vê gente
cansada e abatida, um povo sem líder
e sem guia. Diante dessa gente, as
entranhas maternas de Deus tremem, e ele revela sua capacidade de sofrer com
seus filhos e filhas. Deus rejeita como indigna e pecaminosa toda forma de
indiferença frente à dor das suas criaturas.
E é esta compaixão que está na origem da
missão de Jesus, e a sustenta até o fim. Ele não se comporta como aqueles que,
ao invés de usar máscaras protetoras usam venda nos olhos e, diante de mortes
que contamos aos milhares, perguntam: “E daí? O que vocês querem que eu faça?”
Diante da imensa tarefa de anunciar a Boa
Notícia de um Deus misericordioso e mostra sua presença através de ações libertadoras,
Jesus se vê pequeno, sente necessidade de mais gente nessa missão, insiste que
devemos pedir ao Pai mais operários para essa colheita.
Ele divide com seus discípulos capazes de
compaixão a responsabilidade de curar enfermidades e dissipar espíritos que
escravizam as pessoas. Esta é uma missão que convoca e compromete todos os
cristãos, e todos os homens e mulheres de boa vontade, aqueles/as que sentem
uma devoradora fome e sede de justiça.
(Itacir
Brassiani msf)
Nenhum comentário:
Postar um comentário