Dia 24
de Outubro | Sábado | 29ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Lucas (13,1-9)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana
com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo
ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra
de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se
surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo
com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da
fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de restrições
à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de
Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: Palavras de salvação somente o céu tem pra
dar, por isso meu coração se abre para escutar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=n0F2h0BIC54)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 13,1-9
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· O tempo propício da salvação é agora,
lugar é aqui, onde nos é dado viver, no caminho tortuoso que percorremos
· Precisamos, todos/as e sempre, mudar vários
conceitos arraigados e deixar de tratar vítimas como se fossem culpadas
· Ninguém é maior ou melhor que ninguém,
e precisamos adquirir a sabedoria de saber o valor do tempo que nos é dado
viver
· O tempo para frutificar é agora, e é
hoje o tempo fecundo para criar relações de fraternidade e solidariedade
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Retome e reconstrua a cena: a notícia
da tragédia que pessoas anônimas trazem a Jesus; a reação e a lição que ele
ensina
· Você percebe, em você, na sua família
e na sua comunidade, a velha ideia de que as tragédias são castigos de Deus?
· Quais são as consequências pessoais e
eclesiais da afirmação de que ninguém é mais pecador/a que ninguém?
· O que fazer para levar a sério a
parábola dos adversários que precisam fazer as pazes antes de chegar ao
tribunal?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Peça ao Senhor a sabedoria para não
desperdiçar a oportunidade de se reconciliar antes de chegar ao tribunal
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· O que fazer para superar a velha e
anti-evangélica mentalidade que considera as tragédias como merecidos castigos
de Deus?
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com a canção grava pelo Antônio Cardoso: A Verdade vos libertará (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=X0YeYBEM-SI)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Sonho com
uma opção missionária capaz de
transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e
toda a estrutura eclesial se tornem um canal mais adequado à evangelização
do mundo atual que à autopreservação” (Papa Francisco, Evangelii
Gaudium, 49).
LEITURA
COMPLEMENTAR
Ontem
Jesus nos dizia que deseja ardentemente que o fogo do Espírito se espalhe em
toda a terra, mesmo que isso provoque algumas rupturas. O tempo urge, e a
última possibilidade para refazer as relações de fraternidade é aqui e agora
representa. A reconciliação dos adversários ainda a caminho do tribunal é sinal
de sabedoria.
Hoje,
o ensino de Jesus é motivado por duas violentas tragédias, conhecidas dos seus
contemporâneos. A primeira, apresentada por algumas pessoas, é a violenta e
consciente repressão de Pilatos sobre um grupo de galileus, no interior do
próprio templo. A segunda, Jesus mesmo acrescenta, chamando a atenção dos seus
ouvintes: a queda acidental de uma torre sobre algumas pessoas.
Jesus
parte destes acontecimentos para corrigir uma visão parcial e errônea e chamar
todos à conversão ao Reino de Deus. Muita gente via estes acontecimentos como
punição dos pecadores e culpados. Por isso, a pergunta incisiva de Jesus: “Vós
pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros? Pensais
que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém?”
Jesus
quer desfazer a ideia de que as vítimas são as culpadas, e lê estes
acontecimentos numa perspectiva profética: precisamos perceber neles um chamado
à mudança de vida e de mentalidade. “Se vós não vos converterdes, ireis morrer
todos do mesmo modo”, repete Jesus, como um refrão. Trata-se de “fazer as
pazes”, ou de viver de modo fraterno e solidário com as pessoas que
consideramos culpáveis e condenáveis, enfim, com nossos inimigos.
Mas
isso deve ser feito com senso de urgência. Deus tem paciência com quem não
produz frutos, mas ele tem seu calendário! À figueira estéril, que persistia
sem frutos, ele dá só mais um ano! Aprendamos a contar nossos dias!
(Itacir
Brassiani msf)
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