Dia 11
de Outubro | Domingo | 28º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (22,1-14)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana
com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo
ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra
de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se
surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo
com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da
fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de
restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de
ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que
este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de
Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: Palavras de salvação somente o céu tem pra
dar, por isso meu coração se abre para escutar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=n0F2h0BIC54)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 22,1-14
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Em Jerusalém, Jesus confronta os
sacerdotes e os dirigentes do judaísmo com mais uma parábola
· Desta vez, Jesus demonstra a rejeição
das classes dirigentes à proposta do Reino de Deus e justifica a acolhida dos
pecadores
· Deus quer este mundo como uma festa da
vida, para a qual todos/as são convidados/as
· Nesta festa não entram aqueles que não
querem ser iguais, que pensam ter coisas mais importantes ou não se revestem da
pratica da compaixão, da partilha e da solidariedade
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Releia esta parábola, com a atenção
que ela merece, inserindo-se nela como personagem vivo
· Ocorre também a você recusar-se a
participar do projeto de um mundo inclusivo, sem hierarquias, onde todos/as são
iguais?
· Como você e sua comunidade estão
correspondendo à missão de ir às periferias e convidar todos/as para esta
festa?
· Com que traje você tenta entrar na
festa: com ternos e hábitos que denotam superioridade, ou com as vestes da
fraternidade?
· O que nossa comunidade pode fazer em
relação às pessoas que se desculpam e se recusam a participar deste caminho de
vida?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com a canção: Pão em todas as mesas! Da páscoa nova, a
certeza: a festa haverá, e o povo a cantar: Aleluia! (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=X0YeYBEM-SI)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“A compreensão daquilo que Deus
nos está a dizer nestes tempos de pandemia é um desafio para a missão da
Igreja. Desafia-nos a doença, a
tribulação, o medo, o isolamento. Interpela-nos a pobreza de quem morre
sozinho, de quem está abandonado a si mesmo, de quem perde o emprego e o
salário, de quem não tem abrigo e comida” (Papa Francisco, Dia Mundial das
Missões, 2020).
ELEMENTOS COMPLEMENTARES
Jesus compara a alegre novidade do Reino de Deus com uma festa.
Mas, olhando para o que acontece ao seu redor, ele constata que nem todas as
pessoas e grupos aceitam o convite e participam. É isso que acontece com as
lideranças religiosas do seu tempo: não lhes agrada a aliança de Deus com a
humanidade e, por isso, não dão a menor atenção ao convite que lhes é dirigido
por Jesus.
Comer e beber juntos significa comungar dos propósitos de Deus, e
é isso que fariseus e escribas não aceitam. Eles não conseguem ver sentido
nestas festas que não impõem barreiras, que são abertas a todas as pessoas. Até
que participariam de uma festa, desde que fossem os convidados de honra, e com
o objetivo de celebrar o poder e o privilégio de alguns. Mas, no pensamento de
Deus, o mundo é inclusivo, há lugar para todos na festa da vida.
A missão da Igreja é anunciar e demonstrar que a festa da vida é
desejada por Deus e está preparada, e fazer este convite chegar a todas as
pessoas, povos e classes. Por isso, tem sentido sair às encruzilhadas dos
caminhos, ir aos lugares onde os pobres se reúnem para mendigar. O convite para
a festa da vida deve chegar até eles.
Mas, na festa da vida não se pode entrar de qualquer jeito. Todos/as
são convidados/as – bons e maus, judeus e pagãos, homens e mulheres, escravos
ou senhores, negros ou brancos, europeus ou africanos. Esta é a tarefa confiada
aos missionários/as. Mas as pessoas que comparecem à festa precisam se
perguntar se, por suas atitudes, opções e práticas, honram o anfitrião. Para
entrar, precisam usar a roupa adequada, ou seja, devem estar revestidas pela
prática da justiça.
(Itacir
Brassiani msf)
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