Dia 08
de Outubro | Quinta-feira | 27ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Lucas (11,5-13)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana
com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo
ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra
de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se
surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo
com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da
fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de
restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de
ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que
este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de
Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! /:
Pra fazer tua vontade, pra viver do teu; pra fazer tua vontade, pra viver do
teu amor :/Eis-me aqui, Senhor! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=n6JtRdBpUNU)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 11,5-13
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Depois de ensinar os discípulos a
rezar, a pedido deles, Jesus acrescenta duas pequenas parábolas, para ressaltar
a confiança
· Abertura à vontade de Deus e confiança
no Pai são a base da oração dos cristãos
· Como um vizinho é capaz de levantar à
noite para ajudar um vizinho e exercitar a hospitalidade, e como um pai não dá
coisas ruins aos filhos, assim é Deus com quem lhe pede em oração
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Releia atentamente o texto, ligando-o
com a oração de Jesus e prestando atenção às duas comparações
· Qual é sua atitude ao rezar: desejo de
dobrar Deus à sua vontade, fé mecânica e mágica num milagre, ou confiança e
abertura ao Reino de Deus?
· Qual é o pedido mais recorrente em sua
oração?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Reze com escutando e repetindo as
palavras do Pai-Nosso, ensinadas por Jesus, conforme Lucas 12,2-4
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que poderíamos fazer para ajudar as
pessoas e comunidades cristãs a rezar abrindo-se com confiança a Deus e sua
vontade?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com a canção: Senhor, o que queres que eu faça? Senhor,
que o queres de mim? Mostra-me os teus caminhos! Senhor, o que queres de mim? (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=L5pYev7l4vY)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Deus é sempre o primeiro a
amar-nos e, com este amor, vem ao nosso
encontro e nos chama. A nossa vocação pessoal provém do fato de sermos
filhos e filhas de Deus na Igreja, sua família, irmãos e irmãs naquela caridade
que Jesus nos testemunhou” (Papa Francisco, Dia Mundial das
Missões, 2020).
ELEMENTOS
COMPLEMENTARES
Por
causa da celebração ontem de Nossa Senhora do Rosário, não refletimos sobre a
oração do Pai-Nosso, que Jesus ensina a pedido dos discípulos. Mais que uma
oração, Jesus abre um horizonte, e convida-nos a uma atitude de abertura à
vontade e ao Reino de Deus, de confiança absoluta nele e de reconciliação
fraterna.
O
trecho de hoje vem depois do Pai-Nosso, e reforça a atitude de proximidade,
amizade e confiança em Deus como base da oração cristã. A oração nos ajuda a
crescer no conhecimento e na fidelidade à vontade de Deus. Nela, o cristão
capta e experimenta a bondade e a benevolência de Deus. A oração é abertura ao
Reino de Deus, e não um modo de dobrar Deus para que faça a nossa vontade.
O
texto de hoje é uma espécie de comentário à oração ensinada por Jesus, e
sublinha que oração é essencialmente uma relação confiante e amistosa de Jesus
e dos seus discípulos com Deus, que é pai. Esta relação amorosa e confiante com
o Deus, pai e amigo, é ilustrada por Jesus mediante duas metáforas: a relação
entre vizinhos; a relação entre pai e filho.
Para
os povos do Oriente, a hospitalidade é sagrada, um dever básico das relações
humanas, tanto entre conhecidos como em relação a estrangeiros e desconhecidos.
É por isso que, mesmo à noite, o vizinho socorre seu amigo para que ele não
falte em relação a esse dever sagrado para com a visita inesperada. Assim é
Deus: ele não deixa de atender as necessidades de quem se dirige a ele.
A
segunda metáfora recorre à relação entre pais e filhos. Um pai, mesmo não sendo
exemplo de bondade, socorre os filhos em suas necessidades. Ninguém dá cobra ou
escorpião quando os filhos pedem peixe ou ovo! Assim, Deus não nega o Espírito
Santo àqueles que o pedem.
(Itacir
Brassiani msf)
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