Dia 02
de Outubro | Sexta-feira | Santos Anjos da Guarda
Evangelho segundo Mateus (18,1-5.10)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana
com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo
ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra
de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se
surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo
com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da
fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de restrições
à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de
Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: É como a chuva que lava, é como o fogo que
abrasa: tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal... (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=rVhD1ndBNbw)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 18,1-5.10
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Releia
o texto uma ou mais vezes (se necessário)
· Celebramos hoje a memória dos Santos
Anjos da Guarda, expressão plástica do valor dos pequenos aos olhos de Deus
· As crianças são o símbolo de todas as
pessoas e grupos humanos tratados com desprezo e colocados à margem
· Para Jesus, Deus cuida delas com
carinho especial, elas estão na presença dele e o representam aqui na terra
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Releia atentamente os versículos desta
perícope, com os pés numa realidade em que migrantes, indígenas, negros, pobres
e tantos outros grupos são tratados com indiferença e violência
· Procure olhar e pensar nessas pessoas
como Jesus o faz: vendo nelas os anjos de Deus, confiando-as aos nossos
cuidados
· Como você e sua comunidade poderiam
ser uma espécie de Anjo da Guarda das pessoas e grupos vulneráveis?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Imagine-se colocado/a por Jesus no
centro, e reze a oração ao Anjo da Guarda, primeiro como ela é, depois o “eu” e
o “meu” pelos pequenos e marginalizados
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como poderíamos libertar a imagem do
Anjo da Guarda do sentimentalismo e espiritualismo que a contamina?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com a canção Santo Anjo do Senhor, de Antônio Cardoso (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Wke4h_BNwKo)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Neste contexto de pandemia, o
chamado à missão, a sair de si mesmo por
amor a Deus e ao próximo, aparece como oportunidade de partilha, serviço,
intercessão. A missão que Deus confia a cada um faz passar do “eu” medroso
e fechado ao “eu” decidido e renovado pelo dom de si” (Papa Francisco).
ELEMENTOS
COMPLEMENTARES
No dia 29, celebrávamos São Miguel Arcanjo. Hoje, a Igreja nos
convida a fazer memória dos Santos Anjos da Guarda. São Gregório Magno ensina
que anjo indica missão, e não natureza. E que aqueles que anunciam
acontecimentos pequenos são chamados anjos, enquanto que aqueles que anunciam
notícias maiores são chamados arcanjos.
O texto que ilumina esta memória está no contexto da formação
dos/as discípulos/as. Eles/as também estavam contaminados pela hostilidade e
pelo autoritarismo da cultura romana. E as vítimas eram sempre os pequenos e
pobres. A comunidade de Jesus deve ter um perfil e uma missão inovadora, ser
uma comunidade alternativa.
A ordem de Jesus é claríssima. As lideranças cristãs devem
proteger os pobres e pequenos. Eles devem ocupar o primeiro lugar nos projetos
da comunidade cristã. Os cristãos devem trocar a indiferença pelo cuidado, a
violência pela inclusão, a arrogância pela humildade. Os discípulos de Jesus
precisam ser por escolha aquilo que os pequenos e pobres são por condição.
Para sublinhar a importância central que os pequenos devem ter
na comunidade cristão, Jesus recorre a um gesto: toma uma crianças e a coloca
no centro. Depois, convida os discípulos/as a ocupar o lugar dela nas relações
sociais, vivendo a condição de vulneráveis e marginalizados. E, para reforçar a
dignidade e o valor dos pequenos, recorre à imagem dos anjos.
Segundo a bíblia, os anjos agem em nome de Deus, estão na
presença de Deus no céu, e são a presença de Deus no mundo. Assim como é no
céu, deve ser na terra! Os pequenos e humildes estão sob o cuidado de Deus, são
seus preferidos. E, na terra, eles representam a presença carinhosa e
interpeladora de Deus. E isso é coisa séria!
(Itacir Brassiani msf)
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