Dia 21
de Outubro | Quarta-feira | 29ª Semana do tempo Comum
Evangelho segundo Lucas (12,39-48)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana
com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo
ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra
de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se
surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo
com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da
fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de restrições
à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de
Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: Palavras de salvação somente o céu tem pra
dar, por isso meu coração se abre para escutar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=n0F2h0BIC54)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 12,39-48
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· A condição do discípulo/a missionário/a
de Jesus no mundo é esperar servindo, servir lutando teimosamente
· Deixando de lado a preocupação sobre o
dia e a hora em que a libertação total despontará, ele/a se dedica a servir
· Sabendo que na comunidade cristã não
há função ou cargo definitivo e que todos/as são iguais, não cede à tentação de
se colocar acima dos/as demais e de agir com violência
· Isso vale para todos/as os/as
aqueles/as que seguem Jesus, mas aqueles que estão à frente tem mais
responsabilidade
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Retome e reconstrua o fato, a parábola
e a conclusão de Jesus
· Acolha as palavras incisivas de Jesus,
deixe-se inspirar pelas parábolas do ladrão e do administrador
· Imagine-se dentro das parábolas,
vigilante para não ser surpreendido dormindo, ativo e serviçal aos iguais
· Você seria capaz de perceber situações
em que você e a comunidade estão “baixando a guarda” ou agindo como se, à luz
do Evangelho, não fôssemos todos iguais?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Peça ao Senhor a graça de viver e
partilhar uma esperança lúcida e generosa, solidária e igualitária
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com a canção grava pelo Antônio Cardoso: A Verdade vos libertará (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=X0YeYBEM-SI)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Nunca esqueçamos que onde as palavras humanas se tornam
impotentes, porque prevalece o trágico clamor da violência e das armas, a força
profética da Palavra de Deus não esmorece e repete-nos que a paz é possível
e que devemos, nós mesmos, ser instrumentos de
reconciliação e de paz” (Bento XVI, Verbum Domini, 104).
REFLEXÃO
COMPLEMENTAR
O
Reino de Deus virá, e nenhum/a discípulo/a de Jesus pode duvidar, nem esperar
“jogando-se nas cordas”. Precisamos ser como o pessoal da casa que espera o
chefe voltar de uma festa, movendo-se numa fé vigilante e acendendo luzes na
escuridão para caminhar com segurança. É isso que Jesus nos ensinava no
evangelho de ontem.
Hoje,
ele amplia essa lição, comparando a irrupção do Reino de Deus com a ação de um
ladrão experto: ele chega improvisamente e num momento inesperado. Esperamos
Jesus vigilantes, como quem não gosta de ser surpreendido por um ladrão
noturno. A caminhada de fé é uma existência aberta ao futuro, na espera de um
encontro. O dia e a hora, ninguém sabe, e isso importa menos.
Em
nome de todos/as os/as discípulos/as, Pedro pergunta se Jesus está dizendo isso
a eles ou ao povo. Jesus não responde diretamente, mas deixa entender que a
espera vigilante e militante é a marca de toda pessoa que nele crê, mas quem
recebeu mais, quem o segue mais de perto, tem maior responsabilidade. Estes são
como o administrador fiel a quem Jesus confia o cuidado de todo o “pessoal da
casa”.
A
comunidade cristã é a “casa de Deus”, abrigo seguro do povo de Deus, e os
administradores (ministros) não podem deixar-se levar pela preguiça, pelas
comodidades, abusando do poder e descuidando-se daquilo que é essencial. Como a
tarefa do administrador da parábola, os ministérios e estruturas são
transitórios, e, na Igreja, todos são servos e irmãos, ninguém é chefe.
Não
aconteça que nós, mesmo conhecendo a vontade de Deus, vivamos “na sombra e água
fresca”, não preparemos nada e agimos como chefes sem compromisso e violentos,
prontos a beber, dominando com violência e discriminando.
(Itacir
Brassiani msf)
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