quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Leitura Orante do Evangelho (16.10.2020)

Dia 16 de Outubro | Sexta-feira | 28ª Semana do Tempo Comum

Evangelho segundo Lucas (12,1-7)

 

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.

 (Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

 

(1)    Coloque-se em atitude de oração

·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração

·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem

·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·      Prepare-se ouvindo ou cantando: Palavras de salvação somente o céu tem pra dar, por isso meu coração se abre para escutar! (Clique aqui:  https://www.youtube.com/watch?v=n0F2h0BIC54)

 

(2)    Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de Lucas 12,1-7

·      Leia o texto em voz alta (se possível)

·      Depois de criticar acidamente os fariseus e mestres da lei, Jesus se dirige aos discípulos, pedindo que sejam diferentes

·      Jesus sabe que a comunidade de discípulos/as sofre influência do estilo de vida dos fariseus, do “fermento da hipocrisia”

·      Por isso insiste na coerência e transparência, na confiança e na perseverança, e no anúncio do Evangelho a todas as pessoas

·      É da confiança absoluta no Pai, que cuida até dos pardais e dos nossos cabelos, que brota a liberdade e a perseverança

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)    Medite a Palavra de Deus

·      Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena

·      Reconstrua a cena, veja as multidões se apertando em torno de Jesus, sedentos de palavras e gestos de compaixão

·      Acolha cada uma das sentenças que Jesus pronuncia, procurando dar a elas um significado atual

·      Quais são os medos que atordoam e desmobilizam nossas famílias, comunidades e a Igreja como um todo?

·      Entre na metáfora dos pardais e dos cabelos, e deixe-se envolver pela confiança que nos faz livres e fiéis em Cristo

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

 

(4)    Reze com o texto lido e meditado

·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·      Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·      Procure identificar os medos que estão impedindo uma caminhada missionária mais livre, generosa e criativa, e peça a Deus a graça de superá-los

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·      O que fazer para viver livres do fermento dos fariseus?

 

(6)    Retorne à vida cotidiana

·      Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido

·      Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.

·      Recite ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie os passos meus!

·      Ouça e reze com a canção: Pão em todas as mesas! Da páscoa nova, a certeza: a festa haverá, e o povo a cantar: Aleluia! (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=X0YeYBEM-SI)

·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

“A impossibilidade de nos reunirmos para celebrar a Eucaristia nos fez partilhar a condição das comunidades cristãs que não podem celebrar a Missa todos os domingos. Neste contexto, é-nos dirigida novamente a pergunta de Deus: “Quem enviarei?” E ele aguarda uma resposta!” (Papa Francisco, Dia Mundial das Missões, 2020).

 

ELEMENTOS COMPLEMENTARES

Depois das cinco denúncias dirigidas aos fariseus e mestres da lei, Jesus prossegue no seu esforço de delimitar claramente a diferença entre eles e os/as discípulos/as que chama e envia. Mas agora fala diretamente àqueles/as que o seguem, e em tom de exortação, não de crítica ou denúncia.

No meio de uma multidão que se aproxima impressionado por seu ensino e sua ação libertadora, Jesus se dirige aos discípulos/as chamando-os/as de amigos/as. E os alerta a estarem atentos ao fermento da hipocrisia, característica dos fariseus que pode contaminar a comunidade cristã. Ela pode sofrer essa influência.

Este fermento é a perversidade latente escondida sobre uma piedade aparente. E quem segue Jesus precisa levar uma vida transparente, crer e viver de modo coerente, gratuito e desinteressado. Jesus ilustra isso com três conjuntos de sentenças, ligadas e em contraposição às críticas e advertências do capítulo anterior.

Jesus fala três vezes sobre o medo. Parece que os/as discípulos/as sentem-se acossados pelo medo de não conseguir cumprir todas as minúcias da lei ensinada pelos mestres do judaísmo e pelo medo da rejeição. Mas o que devem temer é a perda do sentido da vida, a perda do rumo, trilhar um caminho que não seja o de Jesus.

Chamados a evitar uma fé formal e aparente e a anunciar o Evangelho a todas as pessoas e povos, e não apenas às elites e aos judeus, os/as discípulos/as e amigos/as de Jesus devem estar cientes de que terão o mesmo destino do Mestre. Por isso, devem confiar no amor e na assistência do Pai. Da confiança brota a perseverança!

(Itacir Brassiani msf)

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