Dia 16
de Outubro | Sexta-feira | 28ª Semana do
Tempo Comum
Evangelho segundo Lucas (12,1-7)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana
com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo
ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra
de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se
surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo
com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da
fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de restrições
à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de
Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: Palavras de salvação somente o céu tem pra
dar, por isso meu coração se abre para escutar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=n0F2h0BIC54)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 12,1-7
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Depois de criticar acidamente os
fariseus e mestres da lei, Jesus se dirige aos discípulos, pedindo que sejam
diferentes
· Jesus sabe que a comunidade de
discípulos/as sofre influência do estilo de vida dos fariseus, do “fermento da
hipocrisia”
· Por isso insiste na coerência e
transparência, na confiança e na perseverança, e no anúncio do Evangelho a
todas as pessoas
· É da confiança absoluta no Pai, que
cuida até dos pardais e dos nossos cabelos, que brota a liberdade e a
perseverança
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Reconstrua a cena, veja as multidões
se apertando em torno de Jesus, sedentos de palavras e gestos de compaixão
· Acolha cada uma das sentenças que
Jesus pronuncia, procurando dar a elas um significado atual
· Quais são os medos que atordoam e
desmobilizam nossas famílias, comunidades e a Igreja como um todo?
· Entre na metáfora dos pardais e dos
cabelos, e deixe-se envolver pela confiança que nos faz livres e fiéis em
Cristo
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Procure identificar os medos que estão
impedindo uma caminhada missionária mais livre, generosa e criativa, e peça a
Deus a graça de superá-los
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· O que fazer para viver livres do
fermento dos fariseus?
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com a canção: Pão em todas as mesas! Da páscoa nova, a
certeza: a festa haverá, e o povo a cantar: Aleluia! (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=X0YeYBEM-SI)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“A impossibilidade de nos
reunirmos para celebrar a Eucaristia nos
fez partilhar a condição das comunidades cristãs que não podem celebrar a Missa
todos os domingos. Neste contexto, é-nos dirigida novamente a pergunta de
Deus: “Quem enviarei?” E ele aguarda uma resposta!” (Papa Francisco, Dia
Mundial das Missões, 2020).
ELEMENTOS COMPLEMENTARES
Depois das cinco denúncias dirigidas aos fariseus e mestres da lei,
Jesus prossegue no seu esforço de delimitar claramente a diferença entre eles e
os/as discípulos/as que chama e envia. Mas agora fala diretamente àqueles/as
que o seguem, e em tom de exortação, não de crítica ou denúncia.
No meio de uma multidão que se aproxima impressionado por seu
ensino e sua ação libertadora, Jesus se dirige aos discípulos/as chamando-os/as
de amigos/as. E os alerta a estarem atentos ao fermento da hipocrisia,
característica dos fariseus que pode contaminar a comunidade cristã. Ela pode
sofrer essa influência.
Este fermento é a perversidade latente escondida sobre uma piedade
aparente. E quem segue Jesus precisa levar uma vida transparente, crer e viver
de modo coerente, gratuito e desinteressado. Jesus ilustra isso com três
conjuntos de sentenças, ligadas e em contraposição às críticas e advertências
do capítulo anterior.
Jesus fala três vezes sobre o medo. Parece que os/as discípulos/as
sentem-se acossados pelo medo de não conseguir cumprir todas as minúcias da lei
ensinada pelos mestres do judaísmo e pelo medo da rejeição. Mas o que devem
temer é a perda do sentido da vida, a perda do rumo, trilhar um caminho que não
seja o de Jesus.
Chamados a evitar uma fé formal e aparente e a anunciar o
Evangelho a todas as pessoas e povos, e não apenas às elites e aos judeus,
os/as discípulos/as e amigos/as de Jesus devem estar cientes de que terão o
mesmo destino do Mestre. Por isso, devem confiar no amor e na assistência do
Pai. Da confiança brota a perseverança!
(Itacir
Brassiani msf)
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