Dia 13
de Outubro | Terça-feira | 28ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Lucas (11,37-41)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana
com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo
ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra
de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se
surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo
com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da
fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de
restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de
ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que
este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de
Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: Palavras de salvação somente o céu tem pra
dar, por isso meu coração se abre para escutar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=n0F2h0BIC54)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 11,37-41
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Em Jerusalém, Jesus prossegue seu
confronto com os fariseus e os dirigentes do judaísmo
· Mesmo conhecendo a hipocrisia dos fariseus,
seus adversários mais aguerridos, Jesus não se furta ao convite de um deles
· Mesmo na condição de hóspede do
fariseu, Jesus escancara a hipocrisia da piedade deles, e o poder opressivo que
exercem
· Para Jesus, ficamos bem com Deus
quando praticamos a solidariedade e a partilha, e não quando participamos de
ritos
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Reconstrua mentalmente a cena,
participe dela, entre na casa do fariseu, veja como ele observa Jesus e como
Jesus observa ele
· Acolha palavra por palavra as duras
palavras que Jesus dirige ao fariseu, e a todas as pessoas que vivem uma fé de
fachada
· Que aspectos da nossa prática cristã,
como fiéis e como comunidade, Jesus pede que sejam mudados?
· Quais são os aspectos secundários do
Evangelho que nossas Igrejas estão colocando no lugar daquilo que é essencial?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Procure identificar onde e em que você
vive uma fé de fachada e opressora, e peça a Jesus a graça de mudar
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· O que nós e nossas comunidades
precisamos fazer para entrar num caminho de verdadeira purificação?
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com a canção: Pão em todas as mesas! Da páscoa nova, a
certeza: a festa haverá, e o povo a cantar: Aleluia! (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=X0YeYBEM-SI)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“A missão é resposta, livre e consciente, ao chamado de Deus. Mas este
chamado só o podemos sentir quando vivemos numa relação pessoal de amor com
Jesus vivo na sua Igreja” (Papa Francisco, Dia Mundial das
Missões, 2020).
ELEMENTOS
COMPLEMENTARES
No contexto do duro embate que Jesus trava em Jerusalém com as
elites defensoras do judaísmo, Jesus as acusa de ser uma “geração perversa”. E
contrapõe a elas dois fatos relatados pelo Antigo Testamente: o povo pagão de
Nínive, que se converte ouvindo a pregação de Jonas; a rainha pagã que busca
Salomão e reconhece sua sabedoria. E Jesus é mais que Jonas, e mais que
Salomão.
Eis que um fariseu convida Jesus para um jantar em sua casa, não
por amizade, mas por curiosidade, para confirmar seus preconceitos sobre Jesus,
para comprovar pessoalmente as “heresias” de Jesus. Não esqueçamos que, ao
apresentar estes fatos, Lucas deixa ressoar neles as polemicas e controvérsias das
comunidades do seu tempo (anos 80) com o judaísmo hostil.
A liberdade e a autenticidade de Jesus espantam o fariseu, e o
fariseu impressiona Jesus com sua hipocrisia. Na própria casa do anfitrião, Jesus
percebe e denuncia que, por trás da aparência de piedade e de correção, os
fariseus escondem uma personalidade corrompida e relações violentas. Eles
defendem a pureza ritual como a coisa mais importante, e esquecem o resto.
Jesus propõe ao fariseu e seus comparsas, e especialmente aos seus
discípulos/as, uma nova interpretação da pureza. A pureza não vem dos ritos de coisas
externas, mas da ação, da misericórdia e não do rito de lavar objetos. Nas
sociedades rurais antigas, a esmola era uma prática de partilha solidária, de
justiça, de misericórdia. E é nela que se distingue o essencial do secundário.
Fazendo o contrário, as pessoas acabam exercendo um poder que oprime, e vivendo
uma religião hipócrita.
(Itacir
Brassiani msf)
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