Dia 09
de Outubro | Sexta-feira | 27ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Lucas (11,15-26)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana
com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo
ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra
de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se
surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo
com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da
fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de restrições
à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de
Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! /:
Pra fazer tua vontade, pra viver do teu; pra fazer tua vontade, pra viver do
teu amor :/Eis-me aqui, Senhor! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=n6JtRdBpUNU)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 11,15-26
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Depois iniciar os discípulos no seu
modo de rezar, e de insistir no clima de confiança que ela supõe, Jesus discute
com alguns grupos de Judeus sobre a origem da sua missão
· Os exorcismos que Jesus fazia, e que
era pratica comum no judaísmo, é contestado e Jesus defende sua missão
· Ele é como o homem forte que invade a
casa, domina e expulsa quem dela se apropriou, e reestabelece a liberdade
· A palavra Belzebu, considerado pela
tradição judaica o chefe dos demônios, significa, literalmente, chefe e senhor
da casa
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Releia atentamente o texto, observando
os detalhes e nuances da discussão sobre as credenciais messiânicas de Jesus
· Você é capaz de ver nas ações de
Jesus, mesmo pequenas, os sinais do Reino de Deus, ou espera apenas grandes milagres?
· O que você faz para evitar que sua
vida, liberta e limpa por Jesus e seu Evangelho, seja de novo ocupada pelo
egoísmo?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que poderíamos fazer para ajudar as
pessoas e comunidades cristãs a perseverar na vida nova recebida de Jesus Cristo?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com a canção: Senhor, o que queres que eu faça? Senhor,
que o queres de mim? Mostra-me os teus caminhos! Senhor, o que queres de mim? (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=L5pYev7l4vY)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“A Igreja prolonga na história a
missão de Jesus e nos envia por toda a parte para que, através do nosso testemunho da fé e do anúncio do Evangelho, Deus
continue a manifestar o seu amor e possa tocar e transformar corações, mentes,
corpos, sociedades e culturas em todo o tempo e lugar” (Papa Francisco, Dia
Mundial das Missões, 2020).
ELEMENTOS
COMPLEMENTARES
O
foco deste trecho do evangelho segundo Lucas não é, como pode parecer à
primeira vista, uma discussão sobre o exorcismo. O texto sequer descreve a
expulsão de demônios, e o debate gira em torno da identidade de Jesus e em nome
de quem – ou com o dedo de quem – ele elimina as forças do mal e inaugura um
tempo de justiça e paz.
Aqui,
os adversários de Jesus não contestam sua ação libertadora, mas dizem que não
passa de “magia negra” ou de conluio com Satanás, e pedem-lhe um sinal
espetacular capaz de convencê-los de que ele veio e age em nome de Deus. Para
Jesus, as ações que libertam e reconstroem pessoas dominadas e oprimidas são
sua credencial, sinais do “dedo de Deus”, da irrupção do seu Reino.
Diante
de interlocutores divididos em dois grupos – o povo, que fica maravilhado com o
que faz Jesus, e os judeus que o acusam de agir como mediador do diabo – Jesus
desenvolve uma longa autodefesa. Afirma que suas ações humanizadoras o
credenciam, e convoca os próprios exorcistas judeus a julgar aqueles que
questionam suas ações. Jesus não fez aliança com Satanás, mas é mais forte que
ele, e o derrotou definitivamente.
Para
ilustrar isso, Jesus recorre a duas parábolas: um povo internamente dividido, e
um chefe de uma casa que é dominado e expulso por alguém mais forte que ele.
Esse homem mais forte, que vence a origem e o senhor da dominação, é Jesus. Ele
libertou sua família do domínio do mal, e diante dele não pode haver
neutralidade: ou estamos com ele, ou estamos contra ele.
Por
fim, Jesus adverte os judeus que se dizem libertos e salvos pela lei e as
pessoas que foram libertadas por ele do demônio. Não basta ser curado! É
preciso ir além, entrar no dinamismo do Reino de Deus e perseverar nele.
(Itacir
Brassiani msf)
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