Iniciando a segunda etapa
O grupo de "peregrinos" chegando em Padua |
Como ninguém é de ferro, ontem (assim como a tarde de
sábado) foi tempo de descanso geral dos capitulares. Descanso sim, mas nem
tanto, pois acompanhei um grupo de coirmãos (Tito Javier, do Chile; André e
Jandir do Brasil Meridional; Genivaldo e Paulo Roberto, do Brasil Oriental;
Domingos e George, do Brasil Setentrional), numa visita a Pádova e Veneza.
Fomos de trem, e, para garantir um tempo razoável de
visita, tivemos que partir da estação central às 06:50, de modo que tivemos que
acordar antes das 5:30! A viagem até Pádova durou três horas e meia, apesar do
trem chegar a 240 km por hora... Chegamos com chuva e, às 11:00, participamos
de uma bela e concorrida missa dominical na Basílica de Santo Antônio. Depois
de visitar as relíquias de Santo Antônio (hábito, língua, maxilar e aparelho
vocal...), voltamos à estação, sempre sob uma chuva insistente e com um inesperado
frio (14°). Enquanto esperávamos o trem para Venezia, fizemos uma rápida
refeição. Às 14:30 chegamos à estação Santa Lúcia, em Veneza.
Praça S. Marcos - Veneza |
O tempo em Veneza estava melhor, e a chuva se reduzia
a uma ligeira garoa. Mas nem mesmo uma chuva intensa poderia deter o entusiasmo
dos coirmãos com a beleza única desta cidade. Depois de caminhar serpenteando
pelas ruas (que, na verdade, são apenas calçadas, pois nenhum veículo circula
nelas) e costeando inúmeros canais, chegamos à famosa praça São Marcos. É um belo
conjunto de edifícios e praças que remontam ao século XI-XII, em cujo centro
dominam altaneiras a basílica de São Marcos e a famosa torre de tijolos. Tudo
em perfeito estilo medieval, com notável influência árabe. Pena que a basílica
estava fechada para os turistas...
Continuamos nossa caminhada pelas ruelas e pontes,
agora rumando de novo à estação de trem, onde chegamos um pouco antes do nosso
horário de retorno. O trem partiu às 18:25 e, como previsto, chegamos a Roma
pontualmente, às 22:10, e à casa onde se desenrola o Capítulo, às 22:50. Não é
preciso dizer que todos estávamos exautos, mas felizes, depois de uma jornada
que durou mais de dezessete horas.
Ponte Rialto - Veneza |
Na manhã de hoje, segunda, começamos a segunda etapa
do nosso Capítulo Geral. A abertura desta fase coube ao Pe. Giulio Albanese, um
missionário comboniano italiano, que também é um premiado jornalista e
escritor. Pe. Albanese nos brindou com uma bela, instigante e profunda
reflexão, que teve como título “Os sinais dos tempos e as expectativas dos povos”.
Não poderia ter sido melhor para fechar nossa escuta da realidade e começar a
projetar nossa vida e missão para os próximos seis anos. Partilho esta reflexão
com quem estiver interessado, em pequenos fragmentos diários, neste blog.
À tarde, iniciamos as atividades nos cinco “Grupos
Temáticos”, em vista da elaboração de propostas. A grande dificuldade é a
comunicação. No meu grupo (missão e evangelização), somos nove membros e
devemos nos comunicar em quatro diferentes línguas (espanhol/português, francês,
italiano e inglês)! Isso exige tempo, atenção, humildade e simplicidade. Oxalá
isso não impeça um bom trabalho nessa fase decisiva do Capítulo...
Itacir Brassiani msf
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