(Lc 13,31-35) Herodes quer acabar com Jesus.
Não lhe bastava ter dado fim a João Batista?... Mas veja só!... Agora é um dos
discípulos do profeta do deserto, o Nazareno, que não o deixa em paz. Os poderosos,
de ontem e de hoje, sempre pretendem resolver os problemas da mesma maneira:
acabando com aqueles que os provocam. Os métodos mudaram, mas a arrogância é a
mesma. A resposta de Jesus é certeira: não será Herodes a decidir a hora da sua
morte. Herodes não passa de uma raposa, de um insignificante instrumento no
plano de Deus. Esta é a lógica divina: aqueles que se julgam poderosos e pensam
deter o controle da situação são, na realidade, homens insignificantes, recordados
apenas porque acabaram envolvidos com um obscuro asceta ou com um carpinteiro
que se fez profeta. Diante de tanta hostilidade, o coração de Jesus sangra: com
muita dor, ele reconhece que sua mensagem sofre violência, e o ódio contra ele
vai se tornando insustentável. É claro que Jesus teria preferido um outro
epílogo, não este que está para acontecer. Mas, em certas ocasiões, o único
modo de revelar a verdade das coisas nas quais se acredita é ir a fundo nas próprias
decisões... (Paolo Curtaz, Parola &
Preghiera, outubro/2013, p. 200)
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