Dia 06
de Agosto | Quinta-feira | Festa da Transfiguração
Evangelho segundo Mateus (17,1-9)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio interior
e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Queremos ver Jesus, caminho verdade e vida. Queremos ver Jesus!
Queremos ver Jesus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ssXtbShHdb0)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 17,1-9
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Jesus e seus discípulos estão a caminho para
Jerusalém, onde enfrentarão a rejeição por parte das autoridades religiosas
· Jesus lhes havia dito que quem quiser seu discípulo
deve estar pronto a assumir a cruz da rejeição e da margem e disposto a perder
a vida para ganhá-la
· Os discípulos, começando por Pedro, não entendem e não
querem aceitar esse caminho, e se fecham ao ensino de Jesus
· Por isso, a cena da transfiguração confirma Jesus como
o Filho amado do Pai e que seu ensino deve ser levado a sério
· Nenhum anúncio que desvie ou faça menos do seu esvaziamento
solidário com a humanidade liberta nem merece crédito
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Procure participar da cena com sua imaginação: veja o
desconforto dos discípulos diante do caminho proposto por Jesus, os três
escolhidos subindo a montanha com Jesus, seu êxtase frente ao brilho da
humanidade de Jesus, o medo que os joga no chão quando a voz pedem que eles levem
Jesus a sério
· Veja o testemunho de Elias e Moisés, que lembram a
incompreensão e a perseguição sofrida pelos profetas
· Ouça a ordem de escutar o que ele diz, e sintam o
toque dele encorajando e curando suas resistências e sua falta de fé
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Repita, como ração e súplica que brota das suas
profundezas e da vida do povo: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim! Jesus,
filho de Davi, tem piedade do teu povo!
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Repita e deixe ecoar em todo o seu ser as palavras
divinas: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado!”
“Levantem-se, e não tenham medo!”
· Peça e acolha a graça de escutar e assimilar o que diz
Jesus
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe essa luz nos passos
meus seguindo os teus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qpCS0gucq6c)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Na pessoa de Pedro, os discípulos haviam dito que
reconheciam Jesus como “o Messias, o Filho do Deus Vivo” (cf. Mt 16,11). Mas
discordaram e resistiram fortemente quando Jesus lhes disse que seria
perseguido e morto pelas mãos dos anciãos, chefes dos sacerdotes e doutores da
Lei (cf. 16,21-23). E fecharam os ouvidos quando Jesus colocou como condição
para segui-lo tomar a cruz dos excluídos e doar a própria vida (cf. 24-28).
A cena audiovisual da transfiguração de Jesus está
ligada a essa situação e tem como objetivo superar a resistência dos discípulos
e tornar visível a esplendorosa humanidade de Jesus. O protagonista é o Pai, e
a beleza da humanidade de Jesus deixa os discípulos extasiados, tanto que
desejam congelar essa visão e prolongar a experiência. Mas eles não podem
esquecer que estão a caminho de Jerusalém, e a experiência é uma espécie de
chave que lhes abre o sentido da pregação e da paixão de Jesus.
A montanha e a nuvem são sinais que acenam para uma
manifestação divina. O que chama a atenção, é que essa revelação não acontece
no templo de Jerusalém nem é dada às elites religiosas, mas num lugar marginal
e para três pessoas pouco relevantes. A presença de Moisés e de Elias também
lembram que os profetas são perseguidos. A voz imperativa manda escutar e
entender o que Jesus disse, diz e dirá na sua vida, morte e ressurreição.
Diante da voz que afirma que Jesus é o filho amando
do Pai e deve ser escutado, os três discípulos caem de susto. Reconhecem a
presença divina e se assustam com a confirmação do caminho da cruz. Deus faz
Pedro calar (como em 16,23), mas o toque de Jesus cura a falta de fé, encoraja
e os coloca de pé. Eles são proibidos de falar do que viram porque sua
compreensão do mistério de Jesus é ainda limitada, e devem esperar a sua
paixão.
(Itacir Brassiani msf)
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