Dia 03
de Agosto | Segunda-feira | 18ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (14,22-36)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio interior
e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar! Ela é luz e verdade,
precisamos acreditar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0S2T8DRwiBM)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 14,22-36
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Depois de pedir que os discípulos a não dessem as
costas ao povo faminto e de, movido pela compaixão, distribuir pão e peixe para
todos, Jesus envia os discípulos à sua frente e se retira para rezar
· Longe de Jesus, no meio da noite e do mar agitado pelo
vento, eles se apavoram e tem dificuldades até de reconhecer Jesus
· É a simples presença de Jesus no barco que acaba com
as ameaças, e sua mão estendida e Pedro é socorro e alívio
· As palavras de Jesus são de encorajamento, mas também
de advertência pela debilidade da sua fé
· Na voz de Pedro, os discípulos acabam fazendo uma bela
profissão de fé em Jesus, reconhecendo ser ele o Filho de Deus
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Procure participar das três cenas: Jesus retirando-se
para uma noite de oração; os discípulos no meio do mar agitado pelas ondas,
gritando de pavor no meio da noite; a aproximação de Jesus, seu diálogo com
Pedro e a calmaria que se fez
· Tente perceber o conteúdo do diálogo orante de Jesus
com o Pai: certamente ele faz menção à morte de João Batista, á sua compaixão
pelo povo, ao pão tornado acessível a todos, aos discípulos que ele havia
enviado à sua frente
· Recorde situações de aperto e desespero pelas quais
você passou, e como a fé na presença de Jesus lhe ajudou
· Será que sua fé também é frágil como a de Pedro?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Visualizando tanta gente assustada e ferida pela
pandemia, repita, com Pedro: “Senhor, salva-nos!”
· Permita que Jesus lhe estenda a mão, e segure-se nela
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Como nossa Igreja poderia superar o assistencialismo e
o espiritualismo, e lutar para que haja “pão em todas as mesas”?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Louvarei a Deus, seu nome bendizendo. Louvarei a Deus: à vida nos
conduz! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=PYsPJrMIv7M)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Depois de saciar a multidão faminta com pão e
peixe, Jesus envia os discípulos à sua frente e se retira para rezar durante
toda uma noite, sozinho, como ensinara aos seus discípulos. Ele renova seu
compromisso para que o nome do Pai seja santificado, venha seu reino, sua
vontade seja feita, e o pão chegue a todas as mesas.
Paralelamente, já no meio do mar e da noite, o
barco dos discípulos é agitado pelo vento e pelas ondas. Certamente a agitação
é também interior, frente à compaixão de Jesus pelo povo e a convocação de
todos a colaborar com o atendimento de suas necessidades essenciais. O mar
representa todas as forças adversas, tanto interiores como exteriores,
inclusive a pressão do império romano.
A aproximação de Jesus não resolve a situação, mas
até a torna mais grave, pois, pensando que fosse um fantasma, os discípulos
começam a gritar de pavor e medo. As primeiras palavras de Jesus são para
acalmar e encorajar seus seguidores, insistindo que é ele mesmo, e não uma
fantasia deles. Ao fazer seu pedido, Pedro deixa entrever que a dúvida sobre
quem é que se aproxima continua.
A aparente fé e submissão de Pedro a Jesus denota
um certo desejo de participar do seu poder, mas não consegue disfarçar o medo e
a fragilidade. Quando ele grita de medo, pois teme mais as ondas e o vento que
a Jesus, Jesus lhe estende a mão e adverte: “Homem fraco na fé, por que
duvidaste?” Mas assim que ele entra no barco, tudo se acalma, e Jesus é
reconhecido como Filho de Deus.
As tribulações e riscos fazem parte da vida dos/as
discípulos de Jesus: medo, desespero, vontade de abandonar tudo. Mas precisamos
deixar a palavra de Jesus ressoar forte e segurar a sua mão. E prosseguir, com
e como ele, o ministério de restaurar a vida dos pobres.
(Itacir Brassiani msf)
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