Dia 23
de Agosto | Domingo | 21ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (16,13-20)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Aquele que vos chamou, aquele que vos chamou é fiel! Fiel é aquele que
nos chamou! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)
(2) Leia o texto da Palavra
de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 16,13-20
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Jesus interroga os discípulos sobre o que eles e o
povo em geral pensa dele, que fantasias e expectativa desperta neles
· A resposta de Pedro, na qual ressoa a resposta dos/as
discípulos/as não é uma fórmula, mas uma atitude de vida
· Pedro está diante de um profeta e reformador de carne
e osso que inquieta, enfrenta a dominação nas suas diversas expressões e
manifesta uma irrestrita compaixão por todas as vítimas
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Procure deixar em segundo plano as respostas
aprendidas e responda à pergunta de Jesus dizendo o lugar que ele ocupa na sua
vida, e como ele influi nas suas relações, ações e opções
· Recorde as consequências e incidências que esta
resposta tem na sua vida e na vida da sua comunidade
· Deixe ressoar em você a palavra de Jesus: “Feliz és
tu, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai!”
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Apresente a Jesus as necessidades das pessoas que lhe
são próximas, seus sofrimentos e dores, mas também das pessoas que estão distantes
e normalmente esquecidas
· Reze agradecendo e pedindo pela sua vocação e missão
de leigo/a na Igreja, pedindo que continue sendo semente de Reino de Deus,
perfume de Cristo e glória do Evangelho, como dizem os Bispos do Brasil
· Renove sua fé em Jesus hoje, com palavras que
expressem o lugar que ele ocupa no seu projeto de vida
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· O que podemos fazer para que nossa fé em Jesus não
seja reduzida a fórmulas decoradas e repetidas automaticamente?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Eu sei, eu sei, eu sei, em quem acreditei! Eu sei, eu sei, em quem
acreditei! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=trZaqZnfNpY)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Estamos na parte da narrativa entre o Sermão das Parábolas (Mt 13) e o
Sermão da Comunidade (Mt 18). Jesus faz um levantamento da opinião do povo a
seu respeito. Quando pergunta pela opinião dos discípulos, Pedro se torna
porta-voz e diz: “Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo!” Jesus proclama Pedro
“feliz”, porque recebeu uma revelação do Pai.
Pedro deve ser pedra, isto é, deve ser fundamento firme para a Igreja para
que ela possa resistir contra as portas do inferno. Apesar de fraca e
perseguida, a comunidade tem fundamento firme, garantido pela palavra de Jesus.
Jesus é a pedra fundamental que os construtores rejeitaram (Mt 21,42; cf. 1Cor
3,10-11).
Pedro recebe as chaves do Reino. O mesmo que confere o poder de ligar e
desligar também diz: “É necessário que o Messias sofra e seja morto em
Jerusalém” (v. 21). Não só o triunfo da glória, também o caminho da cruz. Se os
discípulos aceitam Jesus como Messias Filho de Deus, devem aceitá-lo também
como Messias Servo que será morto.
A Palavra Igreja indica o povo que se reúne convocado por Deus e procura
viver a mensagem do Reino. A Igreja não é o Reino de Deus, mas um instrumento.
Na Igreja, na comunidade deve ou deveria aparecer aos olhos de todos aquilo que
acontece quando um grupo humano deixa Deus reinar e tomar conta de suas vidas.
Jesus deu a Simão o apelido de pedra. Pedro era fraco na fé, duvidou,
tentou desviar Jesus, teve medo no horto, dormiu e fugiu, não entendia o que
Jesus falava. Ele era como os pequenos que Jesus proclamou felizes. Pedro era
apenas um dos doze e deles se fazia porta-voz. Mais tarde, depois da morte e
ressurreição de Jesus, a sua figura cresceu e se tornou símbolo da comunidade.
(Frei Carlos Mesters OCD)
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