quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Leitura Orante do Evangelho (28.08.2020)


Dia 28 de Agosto | Sexta-feira | 21ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (25,1-13)

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

Em tempos de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos que propomos são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.
 (Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

(1)   Coloque-se em atitude de oração
·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração
·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem
·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos
·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·      Reze, ouvindo e repetindo o refrão: Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um novo mar! E nesse dia, os oprimidos numa só voz a liberdade irão cantar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2bTgScVFZzk)

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus
·      Leia com toda a atenção o texto de Mateus 25,1-13
·      Leia o texto em voz alta (se possível)
·      Releia o texto uma ou mais vezes (se necessário)
·      Estamos no contexto da preocupação com a demora do retorno de Jesus e da vitória do Reino de Deus
·      Aos discípulos/as toca-nos uma esperança ativa e responsável, que não relaxa enquanto prepara e espera
·      Precisamos aprender a viver e perseverar no Evangelho do Reino em meio a situações complexas e obscuras
·      A parábola das dos dois grupos de moças que esperam a chegada do noivo para a festa querem nos ajudar nisso
·      Feche a bíblia e responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

(3)   Medite a Palavra de Deus
·      Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
·      Retome calmamente as duas comparações que Jesus oferece sobre a correta atitude em tempos de espera e demora
·      O que você pode fazer para ajudar a evitar que as comunidades cristãs fujam da sua responsabilidade com a transformação do mundo e se refugiem no culto e no moralismo?
·      Como você, sua família e sua comunidade tem se preparado para a “nova normalidade” quando a pandemia chegar ao fim? Tem conseguido rever e qualificar o estilo de vida?
·      Qual é o “óleo” que tem ajudado vocês a permanecer lúcidos e atenciosos, sal e fermento do Reino em tempos difíceis?
·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

(4)   Reze com o texto lido e meditado
·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus
·      Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
·      Faça uma revisão serena de sua atitude como discípulo/a neste tempo de espera e construção do Reino de Deus
·      Peça ao Pai a graça de empenhar sua vida pelo Reino de Deus, com coerência, transparência e perseverança
·      Peça a intercessão de Santo Agostinho para não viver esse tempo despreocupadamente e para não descobrir tarde demais a presença íntima e dinamizadora de Deus na sua vida
·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra
·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação
·      O que podemos fazer para dinamizar a vida e o testemunho dos cristãos na superação dos podres poderes e na edificação de um mundo onde todas as pessoas se tratem como irmãos e irmãs?
·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

(6)   Retorne à vida cotidiana
·      Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido
·      Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.
·      Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
·      Ouça e cante o refrão: Esperar contra a esperança, caminhar como quem tem certeza! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=D-2_4uVUMmI)
·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

Enquanto houver vontade de lutar haverá esperança de vencer. Não é o suplício que faz o mártir, mas a causa. (Santo Agostinho)

SUBSÍDIO COMPLEMENTAR

Na meditação de ontem vimos que discípulo/a sensato/a é aquele/a que ouve e pratica o Evangelho, que constrói sua casa sobre a rocha. Isso significa importar-se com a o bem-estar do próximo e manter acesa a esperança, mesmo quando nada acontece e tudo parece ser em vão.

Com a parábola de hoje, Jesus continua sua insistência na preparação e na prontidão para acolher e promover o Reino de Deus, mesmo quando ele parece demorar. O caminho do discipulado tem um tempo indeterminado, um fim imprevisível e um desfecho desconhecido. Supõe ânimo e disposição para perseverar na luta até o fim.

A parábola das dez moças apresenta dois grupos contrastantes: o grupo das moças sensatas e prudentes e o grupo das moças insensatas. Elas representam todos/as os/as discípulos/as, homens e mulheres, de origem judia e de origem pagã. O foco da parábola são as moças, e não o noivo, que representa Jesus. A noiva não aparece...

Com o atraso do noivo, todas as dez dormiram. Mas cinco deles, as moças sensatas, providenciam uma reserva de óleo: elas representam o discipulado fiel, obediente e perseverante. As outras cinco são insensatas: ouvem o Evangelho do Reino e não o colocam em prática, não levam a sério ou rejeitam Jesus Cristo.

Com a demora ou a pequenez dos sinais do Reino, o grupo das moças insensatas perdem o foco e se perdem no caminho. São como terreno ruim, no qual o Evangelho não consegue criar raízes e frutificar. São falsas discípulas que Jesus não reconhece, enquanto que as sensatas e previdentes são acolhidas na festa do Reino.

Portanto, a exortação de Jesus é que estejamos sempre prontos e vigilantes no sonho do Reino e no serviço solidário aos irmãos e irmãs. Ele tarda, mas está vindo!
 (Itacir Brassiani msf)

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