Dia 13
de Agosto | Quinta-feira | 19ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (18,21-19,1)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Aquele que vos chamou é fiel! Aquele que vos chamou é fiel! Fiel é
aquele que vos chamou! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)
(2) Leia o texto da Palavra
de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 18,21-19,1
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· A pequena, frágil e promissora comunidade de
discípulos/as de Jesus carrega o tesouro do Reino de Deus em vasos de barro
· Jesus é um Mestre realista e, por isso, propõe uma
pedagogia para tratar dessas dificuldades relacionais da comunidade
· Como demonstra o Pai em Jesus, o perdão recebido e
devido pelos cristãos não conhece limites em relação ao tamanho da ofensa e à
quantidade de reincidências
· A comunidade dos discípulos/as é chamada a ser
embaixadora e ministra do perdão e da misericórdia reconciliadora do Pai
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Todos já vivemos a experiência de ofender uma pessoa
próxima e querida, ou de ser ofendido/a por outros/as
· Mesmo que o perdão que recebemos dessas pessoas posa
não ter sido pleno e total, Deus não nos tratou assim
· Recorde suas experiências de ser perdoado/a pelas
pessoas, e, principalmente, por Deus
· Você já se percebeu tentado/a a colocar condições e
limites no perdão que os outros lhe pedem?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Agradeça ao Senhor por todas as vezes que as pessoas
que você ama, sua família e sua Igreja foram mediadoras do perdão de Deus para
você
· Peça a Deus que alargue a tenda do seu coração, a fim
de que você possa ser uma mediação viva do perdão incondicional e irrevogável
do Pai para as pessoas de suas relações
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Como a Igreja pode levar mais a sério e tornar efetivo
o ministério da reconciliação confiado por Jesus à sua comunidade, na qual está
sempre presente com sua misericórdia?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Jesus, eu irei te louvar pela vida!
Jesus, eu ire1 te anunciar para sempre aos irmãos! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=A6JBzZO7tZc)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Nos capítulos 16 a 18 do seu evangelho, Mateus nos
apresenta as orientações fundamentais de Jesus para que a comunidade de
discípulos/as assuma um estilo de vida alternativo, inovador, profético e
crítico aos estilos então habituais e predominantes. Nos textos de ontem e de
hoje Jesus aborda a questão do enfrentamento das tensões e ofensas nas relações
comunitárias.
Para ser fiel a Jesus, na comunidade cristã o
perdão deve ser uma ação contínua e reiterada. O pedido de desculpas e o perdão
não tem limites. Sem isso, a vida em comunidade é inviável e a liderança pode
decair em opressão. O perdão concedido aos irmãos é expressão viva do perdão
recebido do Pai e decorre dele.
Jesus ilustra isso com uma parábola, focalizada em
quem deve perdoar, e não no pecador ou ofensor. Para Jesus, não são os reis
mais os pais a imagem de Deus, mas a parábola sublinha que, como o rei dessa
história, Deus exige que seus filhos e filhas perdoem, porque foram antes
perdoados. Mas, diferentemente do rei, o perdão de Deus não é revogável mas
definitivo e incondicional.
Os 10 mil talentos devidos ao rei correspondem a um
ano dos tributos cobrados de Israel pelo imperador romano, enquanto que a
dívida do empregado inferior corresponde a apenas 100 dias de trabalho. Isso
ressalta a imensa diferença entre as dívidas, entre o perdão que recebemos e o
perdão que devemos dar.
Note-se que o rei não aceita dar mais prazo ao
devedor, mas perdoa a dívida. Ele simboliza a compaixão ilimitada de Deus. Mas
o outro empregado não dá mais prazo nem perdoa, e se mostra mais cruel que o
próprio rei. Para Jesus, gentileza gera gentileza, perdão gera capacidade de
perdoar. Para o cristão, o perdão é norma, não opção!
(Itacir Brassiani msf)
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