Dia 27
de Agosto | Quinta-feira | 21ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (24,42-51)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um
exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus.
Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
Em tempos de restrições à convivência e à movimentação
social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de
celebrações virtuais e uma forma evitar
que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos que
propomos são aqueles indicados pela
Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis, produza
bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o refrão: Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um novo mar! E
nesse dia, os oprimidos numa só voz a liberdade irão cantar! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2bTgScVFZzk)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 24,42-51
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Estamos no contexto do anúncio da vitória final do
reino de Deus e da destruição de todos os poderes do mal
· Jesus assegura a certeza dessa vitória, pois o reino
de Deus tem a força da semente e do fermento, mas não marca tempo e lugar
· Aos discípulos/as toca uma esperança ativa a
responsável, que não desanima com as demoras e resistências
· Eles/as precisam viver a novidade e a preciosidade do
reino de Deus em meio a situações complexas e contrastantes
· O modo correto de crer, esperar e preparar a vinda do
Senhor é manter a atitude de cuidado e de serviço ao próximo, sem cair em
exageros penitenciais ou espiritualidades escapistas
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Retome calmamente as duas comparações que Jesus
oferece sobre a correta atitude em tempos de espera e demora
· O que você pode fazer para ajudar a evitar que as
comunidades cristãs fujam da sua responsabilidade com a transformação do mundo
e se refugiem no culto e no moralismo?
· Como você, sua família e sua comunidade tem vivido o
(já longo) tempo de espera que a pandemia passe? Tem conseguido rever e
qualificar evangelicamente seu estilo de vida?
· Lembre o exemplo de Santa Mônica, mãe de Santo
Agostinho, que soube esperar o tempo oportuno para a conversão do filho
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Faça uma revisão serena de sua atitude como
discípulo/a neste tempo de espera e construção do Reino de Deus
· Peça ao Pai a graça de empenhar sua vida pelo Reino de
Deus, com coerência, transparência e perseverança
· Peça a intercessão de Santa Mônica para esperar com
responsabilidade e ajudar com responsabilidade na geração de homens e mulheres
novos e na construção de um mundo novo
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· O que podemos fazer para dinamizar a vida e o
testemunho dos cristãos na superação dos podres poderes e na edificação de um
mundo onde todas as pessoas se tratem como irmãos e irmãs?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Esperar contra a esperança, caminhar como quem tem certeza! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=D-2_4uVUMmI)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO COMPLEMENTAR
Depois de uma longa e dura crítica
aos fariseus e mestres da lei, Jesus anuncia a total destruição do templo e do
poder dos impérios e dos sinais e sofrimentos que a acompanham (23,33 a 24,35).
Mas Jesus não cede a especulações, e não fala da data em que isso acontecerá.
Em vez disso, Jesus chama seus discípulos à vigilância e à necessidade
de estar devidamente preparados. Parece que, com o passar do tempo e a demora
da consolidação do Reino de Deus, a comunidade dos discípulos corria o risco de
cair na excessiva penitência, ou desanimar e relaxar.
Jesus insiste que é precisos viver o dinamismo discreto mas
indestrutível do Reino de Deus em meio a situações complexas e difíceis.
Esperar com lucidez e sensação o reino de Deus significa vigiar mantendo a
atitude de serviço, fecundada e sustentada por essa utopia.
Para ilustrar a atitude correta, Jesus recorre à metáfora do ladrão e à
parábola do servo fiel. Como o ladrão, a plenitude do reino de Deus e Jesus
chegam quando ninguém espera. Por isso, os discípulos/as precisam se comportar
como o servo fiel e sensato, que, na ausência do patrão, cumpre fielmente sua
missão de servir seus companheiros.
Ao mesmo tempo, Jesus reprova a postura do empregado que, diante da
demora do retorno do patrão, pensa unicamente em seus interesses e age com
indiferença e violência em relação aos demais. Tais discípulos/as são
equiparados aos hipócritas (fariseus e mestres da lei) que Jesus denunciara
anteriormente.
O discípulos/a sensato/a é aquele/a que ouve e pratica o Evangelho, e,
assim, constrói sua casa sobre a rocha. E isso significa importar-se com a vida
e o bem-estar do próximo, mantendo acesa a chama da esperança, mesmo quando
tudo diz que nada acontece e nada vale a pena.
(Itacir Brassiani msf)
Nenhum comentário:
Postar um comentário