Dia 12
de Agosto | Quarta-feira | 19ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (18,15-20)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Aquele que vos chamou é fiel! Aquele que vos chamou é fiel! Fiel é
aquele que vos chamou! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)
(2) Leia o texto da Palavra
de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 18,15-20
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· A pequena, frágil e promissora comunidade de
discípulos/as de Jesus carrega o tesouro do Reino de Deus em vasos de barro
· A adesão sincera a Jesus e seu Evangelho não a torna
imune às tensões, deserções, traições e ofensas internas
· Jesus é um Mestre realista e, por isso, propõe uma
pedagogia para tratar dessas dificuldades relacionais da comunidade
· Mesmo que as diversas e sucessivas tentativas de
correção fraterna fracassem, Jesus pede que evitemos a exclusão
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Você já viveu a experiência de ofender uma pessoa
próxima e querida, ou de ser ofendido/a por alguém
· Qual é nossa reação mais primária e usual nessas
situações? Aceitamos tranquilamente a correção? Vamos ao encontro da pessoa que
ofende com respeito e firmeza?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Agradeça ao Senhor por todas as vezes que as pessoas
que você ama, sua família e sua Igreja foram mediadoras do perdão de Deus para
você
· Peça ao Senhor a graça de uma serena consciência das
próprios limites e contradições e da acolhida sincera do perdão
· Recorde as pessoas que lhe ofenderam ultimamente, e
que você ainda não procurou para se reconciliar, e crie em você a disposição
sincera para que isso aconteça
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Como levar a sério e tornar efetivo o ministério da
reconciliação confiado por Jesus à sua comunidade, na qual está sempre presente
com sua misericórdia?
· Como exercitar o princípio da correção fraterna em
nossas famílias e comunidades, conjugando-a com o sacramento da reconciliação?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Jesus, eu irei te louvar pela vida!
Jesus, eu ire1 te anunciar para sempre aos irmãos! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=A6JBzZO7tZc)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Mateus dedica os capítulos 16 a 18 para nos
apresentar o empenho de Jesus na formação dos seus discípulos na novidade do
Reino de Deus. Temos aqui as orientações fundamentais para que a comunidade
cristã viva um estilo de vida liminar: alternativo, inovador, profético e
crítico aos estilos então habituais e predominantes.
Embora chamada a ser alternativa, a comunidade dos
discípulos/as não é perfeita. As tensões e conflitos são inevitáveis. Às vezes
as lideranças são intolerantes em relação aos erros dos seus irmãos. Para
evitar que eles fiquem à mercê do humor das autoridades, Jesus traça um caminho
pedagógico, em três passos. O objetivo é ajuda-los a tomar consciência dos
erros e mudar de atitude.
O ponto de partida é a convicção de que a ofensa
recíproca é algo sério, que precisa ser resolvido. O primeiro passo é um
diálogo pessoal e fraterno, para que o ofensor reconheça seu deslize. Se isso
não resolve, volta-se a conversar com a presença de testemunhas. Se também isso
resultar em fracasso, a questão é levada à comunidade dos discípulos/as. Mas
nem assim o êxito está garantido!
Se as três tentativas resultarem em nada, a ruptura
é declarada publicamente. Mas a missão reconciliadora dos cristãos fiéis não
termina aqui. Colocando os ofensores resistente no grupo dos publicanos e
pecadores, Jesus está dizendo que eles são campo permanente de missão, como ele
mesmo o demonstrou sobejamente. Longe de Jesus tolerar ou ratificar práticas de
exclusão definitiva!
Jesus pede paciência e lucidez na relação com os
errantes. A comunidade cristã (e não apenas Pedro!) tem a faculdade de atar e
desatar, ou seja: de discernir quem está dentro e quem se coloca fora dela. É
Jesus mesmo que faz misericórdia por sua presença na comunidade.
(Itacir Brassiani msf)
Nenhum comentário:
Postar um comentário