Dia 04
de Agosto | Terça-feira | 18ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (15,1-2.10-14)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio interior
e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar! Ela é luz e verdade,
precisamos acreditar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0S2T8DRwiBM)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 15,1-2.10-14
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Os diversos episódios e palavras de Jesus no capítulo
15 de Mateus sublinham a autoridade de Jesus como enviado pelo Pai para
realizar seu reinado no mundo
· Os fariseus e mestres da Lei voltam a desafiar Jesus,
dessa vez questionando o comportamento dos seus discípulos
· Jesus critica duramente as tradições defendidas e
impostas pelos fariseus, pois falsificam e esterilizam a Palavra de Deus
· Eles não passam de cegos que se apresentam como
guias do povo em nome de Deus
· Para Jesus, as tradições devem se subordinar à
novidade profética e misericordiosa do Reino de Deus
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Procure participar mentalmente das cenas: o questionamento
feito a Jesus pelos escribas e fariseus, a resposta de Jesus, a retirada
desiludida deles, o ensino incisivo às multidões e aos discípulos/as
· Como ressoa em você, e consequências tem para a vida
eclesial, a afirmação de Jesus de que “é o que sai da boca das pessoas que as
torna impuras” e que aqueles que substituem a Palavra de Deus pelas suas
tradições “são cegos guiando cegos”?
· Em que medida alguns costumes e tradições da sua
família e da sua comunidade correm o risco de anular a vontade de Deus
colocando-se acima da Palavra de Deus? Quais?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Repita lentamente e por várias vezes o chamado de
Jesus: “Escutem e compreendam!”
· Peça ao Senhor, humildemente, a purificação do seu
coração e a superação do egoísmo que ameaça contaminar suas ações
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Como nossa Igreja poderia superar o assistencialismo e
o espiritualismo, e lutar para que haja “pão em todas as mesas”?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Louvarei a Deus, seu nome bendizendo. Louvarei a Deus: à vida nos
conduz! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=PYsPJrMIv7M)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
No capítulo 15, Mateus apresenta vários episódios
focalizados no reconhecimento ou confirmação de Jesus como enviado pelo Pai
para realizar seu reinado. O texto de hoje omite os v. 3 a 9, nos quais Jesus
acusa os fariseus e doutores da lei de substituir e esterilizar a Lei de Deus
por tradições humanas e de crer e louvar a Deus apenas da boca para fora.
O episódio começa com a aproximação dos fariseus e
escribas para acusar os discípulos/as de Jesus de desrespeitar as tradições do
judaísmo. Por trás, está a acusação ao próprio Jesus, que subordina as
tradições e o legalismo frio à misericórdia. Jesus responde priorizando a
pureza ética (purificação do coração) à pureza cultual, e insiste que seus
discípulos devem compreender e assimilar essa novidade e essa mudança.
Os representantes do judaísmo oficial se
escandalizam com a liberdade ensinada e praticada por Jesus e desaparecem. Eles
não reconhecem a autoridade de Jesus diante das tradições que lhes conferem
segurança e poder. Na continuidade e na ausência deles, Jesus volta sua
“catequese” aos discípulos, mas não deixa de criticar dura a abertamente as
práticas dos fariseus e escribas.
Além de citar o profeta Isaías para acusá-los de
falsidade e engano, Jesus diz que as tradições que eles defendem não são
inspiradas por Deus, não são plantas de Deus e, por isso, serão arrancadas. E
conclui pedindo que ninguém os leve em consideração: são cegos que se propõe a
guiar outros cegos, e essa pretensão acabará seguramente em desastre para ambos.
Este
episódio ressoa como ensino e advertência aos discípulos/as e à Igreja como um
todo. Todos/as devem estar muito atentos/as para não colocar costumes e
tradições acima do Evangelho do serviço e da compaixão.
(Itacir Brassiani msf)
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