Dia 25
de Agosto | Terça-feira | 21ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (23,23-26)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um
exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus.
Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
Em tempos de restrições à convivência e à movimentação
social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de
celebrações virtuais e uma forma evitar
que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos que
propomos são aqueles indicados pela
Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis, produza
bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Quero levar esta bíblia, ir cantando em procissão; ir feliz como quem
leva a luz do céu em sua mão! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=NkCrA4LJh-k)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 23,23-26
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Comece a leitura no início do capítulo (pois o trecho
foi substituído ontem pelo encontro de Bartolomeu com Jesus)
· Procure entender os detalhes de cada acusação e cada
uma das maldições ou lamentos que Jesus dirige aos fariseus
· Procure ler ao contrário: o que Jesus e o Reino de
Deus pedem ou esperam daqueles/as que seguem esse caminho
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Seguindo o que fala Jesus, você seria capaz de
identificar as principais incoerências e contradições dos líderes cristãos e políticos
de hoje?
· Mais ainda: você seria capaz de identificar e dar nome
às contradições e incoerências que rondam você, sua família e sua comunidade em
relação ao Evangelho de Jesus?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie interiormente
aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Faça uma revisão serena e crítica de sua vida de
discípulo/a, e da vida da sua Igreja, e invoque a misericórdia de Deus
· Peça ao Pai a graça de empenhar sua vida pelo reino de
Deus, com coerência, transparência e generosidade
· Peça a Deus pelas lideranças da Igreja, tanto as
lideranças leigas como as consagradas e as ordenadas
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· O que podemos fazer para diminuir a incoerência e as
contradições das lideranças da Igreja católica?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Guarda a Palavra, guarda no coração! Que ela entra em tua alma e
penetre os sentimentos! Busca noite e dia a luz do amor de Deus; se guardares a
Palavra, ela te guardará! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=l0w4rIQdk7g)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
Guarda o coração
compassivo para com os pobres, infelizes e aflitos, e quanto puderes, auxilia-os
e consola-os. Por todos os benefícios que te foram dados por Deus, rende-lhe
graças para te tornares digno de receber maiores. Em relação aos teus súditos,
sê justo até ao extremo da justiça; e põe-te sempre de preferência da parte do
pobre mais do que do rico, até estares bem certo da verdade. Procure com
empenho que todos os teus súditos sejam protegidos pela justiça e pela paz. (Testamento espiritual de São Luís
da França a seu filho – Século XIII)
SUBSÍDIO COMPLEMENTAR
Estamos acompanhando a atuação de Jesus em Jerusalém, onde ele se
confronta com o templo e é atacado pelos sacerdotes, mestres da lei e fariseus.
Jesus faz uma série de críticas aos fariseus e escribas, que começa em 23,1:
eles não fazem o que ensinam, impõem pesados fardos ao povo, estão atrás de
reconhecimento e notoriedade.
O texto de hoje faz parte de uma série de 7 maldições que Jesus dirige a
eles por excluírem o povo do Reino de Deus, por tornar os convertidos piores
que eles mesmos, por serem guias cegos e por falsificarem a Palavra de Deus. Hoje
temos a quarta, a quinta e a sexta maldições.
Na quarta maldição, Jesus acusa os escribas e fariseus de praticar e
ensinar uma visão parcial da vontade de Deus, excluindo dela a justiça e a
misericórdia, que estão no centro do coração de Deus. Assim, eles não passam de
cegos que se oferecem para guiar outros cegos. Dão importância aos detalhes e
fazem menos da compaixão.
A quinta e a sexta maldição acusam esses líderes de incoerência e
hipocrisia, pois vivem de aparências e disfarçam a ambição e o roubo violentos
que movem tudo o que fazem. Roubo significa pilhagem violenta, e cobiça é
descontrole na posse, no sexo e nas acusações injustas. O centro da vida deles
está nas coisas e não nas pessoas.
A dura crítica de Jesus é originalmente dirigida aos fariseus e mestres
da lei, mas, muitos anos depois, o evangelista pensa nos discípulos de Jesus. É
uma crítica recordada e atualizada “para o consumo interno” da comunidade,
visando a conversão e a coerência de vida dos discípulos/as do final do século
I e de hoje.
Na condição de discípulos/as missionários/as precisamos estar sempre
atentos/as ao risco da incoerência e da hipocrisia, pois elas não são
privilégio dos fariseus...
(Itacir Brassiani msf)
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