Dia 26
de Agosto | Quarta-feira | 21ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (23,27-32)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um
exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus.
Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
Em tempos de restrições à convivência e à movimentação
social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de
celebrações virtuais e uma forma evitar
que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos que
propomos são aqueles indicados pela
Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis, produza
bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Quero levar esta bíblia, ir cantando em procissão; ir feliz como quem
leva a luz do céu em sua mão! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=NkCrA4LJh-k)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 23,27-32
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Comece a leitura no início do capítulo para não perder
a ideia de conjunto das críticas e acusações
· Procure entender os detalhes as duas acusações que
Jesus dirige aos fariseus no texto de hoje
· Procure compreender bem o sentido da comparação dos
fariseus e escribas com sepulturas decoradas
· Procure ler ao contrário: o que Jesus pedem ou espera
daqueles/as que se fazem seus discípulos/as
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Seguindo o que fala Jesus, identifique as principais
incoerências e contradições dos líderes cristãos e políticos de hoje
· Identifique e dê nome às contradições e incoerências
que ameaçam você, sua família e sua comunidade
· Seria possível identificar situações concretas em que
os cristãos perseguem e excluem pessoas e grupos que denunciam suas
contradições e traições ao Evangelho de Jesus?
· Você consegue perceber em você mesmo/a injustiças e
hipocrisias que se escondem atrás da aparência de justiça?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Faça uma revisão serena e crítica de sua vida de
discípulo/a, e da vida da sua Igreja, e invoque a misericórdia de Deus
· Peça ao Pai a graça de empenhar sua vida pelo Reino de
Deus, com coerência, transparência e generosidade
· Peça a Deus pela autenticidade e transparência das
lideranças da Igreja (leigas, consagradas e ordenadas)
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· O que podemos fazer para diminuir a incoerência e as
contradições das comunidades e lideranças da Igreja católica?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Guarda a Palavra, guarda no coração! Que ela entra em tua alma e penetre
os sentimentos! Busca noite e dia a luz do amor de Deus; se guardares a
Palavra, ela te guardará! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=l0w4rIQdk7g)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Feliz
és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos!
Do
trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!”
(Salmo
127/128)
SUBSÍDIO COMPLEMENTAR
Continuamos refletindo sobre as críticas de denúncias de Jesus contra os
mestres da lei e fariseus. Vimos que o evangelista fala dos fariseus mas pensa
nos discípulos de Jesus. Ele visa alertar e chamar à conversão e à coerência de
vida os discípulos/as de todos os tempos.
No texto de hoje, temos a sexta e a sétima “maldição”. Na primeira delas,
Jesus denuncia a incoerência entre a aparência e a realidade concreta da vida
dos escribas e fariseus. Na segunda, afirma que, mesmo disfarçando, eles continuam
a tradição assassina de seus antepassados.
Acuados pela busca da pureza cultual, os judeus costumavam pintar com
destaque as sepulturas para que ninguém corresse o risco de se contaminar
pisando nos cadáveres. Mas Jesus muda um pouco o sentido dessa imagem, e diz
que os fariseus e mestres da lei são como sepulturas enfeitadas para esconder o
mal e a podridão que eles alimentam e guardam dentro de si.
Além disso, ao enfeitar as tumbas dos profetas e recordar o destino
deles, em vez de fazê-lo para honrar os profetas o fazem para esconder a
violência com a qual perseguem os profetas do seu tempo, João Batista e Jesus à
frente, e os/as discípulos/as depois.
Para Jesus, eles não apenas continuam a história de violência mas a
completam e levam ao ponto mais alto. Por isso, Jesus associa as suas cidades
aos lugares mais detestados pela história, símbolo de fechamento e violência:
Tiro, Sidônia e Sodoma.
Ser cristão é ser discípulo de Jesus, seguir seu modo de viver. A
preocupação fundamental não pode ser a pureza ritual e exterior, mas a pureza
de mente e de coração. Ser cristão é ser diferente, transparente e coerente com
Jesus Cristo e seu Evangelho. O alerta nos foi dado...
(Itacir Brassiani msf)
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