Dia 10
de Agosto | Segunda-feira | Festa de São Lourenço
Evangelho segundo João (12,24-26)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Queremos ver Jesus! Queremos ver Jesus, caminho verdade e vida!
Queremos ver Jesus! Queremos ver Jesus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=N5TpwDZvMis)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de João 12,24-26
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· A celebração da festa de São Lourenço, mártir cristão,
nos convida a ouvir segundo São João
· Os versículos que a Igreja nos propõe estão no final
da primeira parte do evangelho de João, depois de devolver Lázaro à vida e de
expulsar os comerciantes do templo, e pouco antes narração da ceia e da paixão
de Jesus, seu testamento
· O contexto mais amplo nos informa que algumas pessoas
de origem grega (pagã) vão até Filipe e pedem que os leve a Jesus
· Jesus entende que chegou a hora de manifestar algo de
essencial sobre si mesmo, sua missão e a missão dos discípulos
· Para isso, Jesus recorre imagem da semente, que morre
para liberar sua força de vida
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Acompanhe com a imaginação a aproximação dos judeus de
origem grega, a intermediação de Filipe, as palavras de Jesus
· Olhe para a cruz, na qual se mostra a proximidade
insuperável de Deus e a doação mais generosa e radical do ser humano
· Detenha-se na contemplação do mistério de força, de
multiplicação e de vida que se esconde na morte da semente
· É essa a glória que você deseja e busca?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Repita calmamente: Queremos ver Jesus!
· Peça a São Lourenço a graça de um amor límpido,
generoso, lúcido e incondicional às pessoas mais frágeis
· Louve a Deus, citando o nome de mártires e testemunhas
da caminhada, não esquecendo Dom Pedro Casaldáliga
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Como nossa Igreja poderia ajudar as pessoas mais
assustadas e agoniadas neste tempo de crise generalizada que atravessamos?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Vidas pela vida, Vidas pelo Reino, Vidas pelo reino... Todas as nossas
vidas tal qual a sua vida, igual à sua vida... Ó mártir Jesus! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=v4AfrLKO1VA)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Os breves versículos do evangelho de João propostos
para iluminar a festa de São Lourenço e de todos os mártires, nos traz uma
afirmação solene de Jesus. O texto está vem depois da ressurreição de Lázaro e
da entrada de Jesus no Templo, e depois que alguns judeus de origem grega pedem
que Filipe os leve ao encontro de Jesus.
Jesus vê nessa busca o momento propício para
manifestar a glória do Filho do Homem, de todo ser humano. Ele diz que, para
conhece-lo e descobrirmos nossa vocação, devemos olhar para a cruz. Nela se
mostra como sua vida e sua missão,
assim como a vida e a missão de quem o segue, produzirá frutos: é dando a vida
gratuitamente, corajosamente, generosamente, permanentemente.
Por mais que se apresente com aparência formosa e
desejável, o egoísmo e a indiferença são mortais e estéreis. Ao contrário, quem
ama e não teme a morte é livre para arriscar e gastar a vida pelas vidas,
comprometer a vida pelo Reino de Deus, como o mártir Jesus, como todos os/as
mártires e testemunhas.
Amar é doar-se sem poupar-se. O amor leal nos leva
ao esquecimento dos interesses individuais e a prosseguir no caminho de Jesus
apesar da pressão e da intimidação dos sistemas de poder e coerção. Como a
semente, o dom de si é fecundo, vivificador, e a entrega solidária da vida é o
ápice do dom de si. Caindo no chão e morrendo, a semente libera sua força,
realiza seu destino, não fica só, multiplica-se, produz frutos. Eis o mistério
da vida!
Fazer-se discípulo é estar com Jesus onde ele está,
no dinamismo do amor do Pai, que ama sem medidas, sem “se” e sem “mas”. A honra
e a glória dos cristãos não é outra que a de Jesus: renunciar às honras e
vaidades desse mundo, ser filho, amar sem reservas, ser como a semente!
(Itacir Brassiani msf)
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