Dia 07
de Agosto | Sexta-feira | 18ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (16,24-28)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar! Ela é luz e verdade,
precisamos acreditar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0S2T8DRwiBM)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 16,24-28
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· O ensino que Jesus dá hoje aos seus seguidores/as está
situado antes da cena da transfiguração e depois da profissão de fé e dos
discípulos em Cesaréia de Filipe e da dificuldade de aceitar o caminho do
esvaziamento e da cruz
· É essa dificuldade dos discípulos com a imagem de
messias que justifica essa catequese incisiva e delimitadora de Jesus, e a própria
transfiguração
· Jesus impõe dois pré-requisitos a quem quiser ser seu
discípulo/a: negar a si mesmo/a e tomar sua a própria cruz, como ele o fez
· Pois a lógica do Reino de Deus inverte a forma de
ganhar a vida: é dando-a inteiramente, e até perdendo-a que honramos e
alcançamos a vida verdadeira
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Retome e repita pausadamente cada expressão e cada
afirmação de Jesus aos seus seguidores
· Compare cada uma dessas afirmações com o seu evangelho
e a sua vida como um todo e entenda o sentido
· O que significa hoje, na situação sanitária e social
do Brasil e do mundo, perder ou ganhar a vida no sentido evangélico?
· Você conhece pessoas que ganharam “um mundo de
vantagens” mas perderam o sentido e o gosto da vida?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Reze e interceda pelas pessoas que fazem escolhas
erradas, visando apenas o benefício pessoal ou familiar
· Reze e agradeça pelas pessoas que fazem escolas
coerentes com o evangelho e, pagam um alto preço por isso
· Renove sua disposição de seguir os passos de Jesus,
buscando acima de tudo o Reino de Deus e a sua Justiça
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· O que podemos fazer para ajudar nossos amigos/as a
levar a sério o Evangelho de Jesus em suas diversas práticas?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão
do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Louvarei a Deus, seu nome bendizendo. Louvarei a Deus: à vida nos
conduz! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=PYsPJrMIv7M)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
O texto do evangelho de hoje vem depois da
profissão de fé e dos discípulos em Jesus como “o Messias, o Filho do Deus Vivo”
e da dificuldade de aceitar o caminho do esvaziamento e da cruz (cf. Mt
16,21-28), e imediatamente antes da cena da Transfiguração (Mt 17,1-13),
antecipada na festa de ontem. É essa dificuldade dos discípulos com a imagem de
messias que justifica essa catequese incisiva e delimitadora de Jesus, e a
própria transfiguração.
Jesus estabelece dois pré-requisitos para quem
quiser ser discípulo/a dele: negar a si mesmo,
que significa desistir de práticas que impedem o advento do Reino de Deus,
abrir mão de projetos pessoais e egoístas, entregar-se inteiramente à vontade
do Pai; tomar a própria cruz, ou
seja, assumir um estilo de vida que pode provocar humilhação, que comporta
marginalização, dor e morte. Em outras palavras: seguir o caminho de vida
percorrido por Jesus, sem buscar atalhos facilitadores.
Esta disposição de perder a vida por Jesus e pelo Reino de Deus para entrar na vida
verdadeira é uma convocação a se identificar com o destino dos insignificantes e
ser tratados como criminosos pelas elites, aceitando o martírio por resistir ao
status quo. E isso para não dar a vida
pelo império romano, ou “morrer pela pátria e viver sem razões”.
Jesus assegura que a consolidação do Reino de Deus
é certa. Mas “ganhar o mundo inteiro” será, para os discípulo/as, sempre uma
tentação (cf. Mt 4,8), e querer salvar a
própria vida equivale a escolher o caminho mais seguro, o interesse
próprio, o silêncio e a submissão por medo
da perseguição. E perder a vida para
ganhá-la, como Jesus, equivale a não se submeter nem ceder ao medo.
(Itacir Brassiani msf)
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