Dia 15
de Agosto | Sábado | 19ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (19,13-15)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Aquele que vos chamou é fiel! Aquele que vos chamou é fiel! Fiel é
aquele que vos chamou! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)
(2) Leia o texto da Palavra
de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 19,13-15
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· A pequena e frágil comunidade de discípulos/as de
Jesus carrega o tesouro do Reino de Deus em vasos de barro
· Eles precisam de conversão permanente de mente e de
coração, pois consideram as crianças como gente incômoda e sem valor
· Como seguidores/as de Jesus, os discípulos/as precisam
assumir a condição social dos eunucos e das crianças, que não tem lugar
importante e são tratados como menores e insignificantes
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Em que medida, como seguidores/as de Jesus, nos
colocamos à margem, partilhando as lutas e esperanças das pessoas e grupos
sociais marginalizados e tratados como um incômodo?
· Ajudamos a abrir brechas para que essas pessoas se
encontrem com o Evangelho de Jesus e sejam socialmente reconhecidas?
· Como essas pessoas e grupos sociais são acolhidas e
tratadas em nossas comunidades cristãs e seus organismos e serviços
(litúrgicos, catequéticos, assistenciais)?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Peça a Deus a graça da minoridade, de ser reconhecido
como pequeno ao lado dos pequenos
· Recorde o nome de pessoas de ontem e de hoje, de perto
e de longe, que encarnam e testemunham uma Igreja humilde e servidora, acolhedora
dos humilhados e promotora da dignidade deles
· Deixe ressoar em sua voz o louvor agradecido desses
pequeninos que encontram na Igreja um lugar onde são reconhecidos como gente
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar conveniente,
leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do
texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Jesus, eu irei te louvar pela vida!
Jesus, eu ire1 te anunciar para sempre aos irmãos! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=A6JBzZO7tZc)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Do início ao fim dos seus relatos, os evangelistas
sublinham a atenção e a sensibilidade de Jesus para com as pessoas e grupos
sociais tratados como insignificantes e, por isso, mais vulneráveis. Mulheres,
crianças, doentes e estrangeiros representam muito bem esses grupos. Mas aos
próprios discípulos custa muito aceitar e assimilar essa maneira de ver as
pessoas.
O episódio de hoje ilustra a relação com as
crianças. Na sociedade de então elas não tem direitos, devem obedecer e se
submeter, estão à margem. Elas não tem lugar numa cultura patriarcal. Quando
algumas pessoas, encorajadas pela compaixão de Jesus pelos fracos, levam
crianças para que ele as abençoe, os discípulos intervém e repreendem-nas, pois
as viam apenas como um incômodo. Eles reagem no horizonte do patriarcalismo.
Jesus censura duramente esta atitude dos discípulos,
e declara que o Reino de Deus é delas. Para Jesus, as pessoas marginalizadas,
como são as crianças, nos ensinam e, por isso, pede que os discípulos/as sejam
como elas. Elas são uma metáfora do seguimento de Jesus! Elas participam do
Reino de Deus e devem ter um lugar também no interior da comunidade cristã.
Como as pessoas que vem de baixo e das margens acolhem
a mensagem do Reino e reconhecem Jesus como enviado do Pai, também os
discípulos/as devem aceitar a condição de grupo marginalizado e insignificante,
mas alternativos e geradores de uma nova sociedade. Como as crianças, a
comunidade dos discípulos vivem neste mundo um caminho de transição para um
futuro maduro e pleno.
Na comunidade sonhada e iniciada por Jesus, todos
somos discípulos/as e irmã/os. Não há pai ou patriarca. Todos são iguais em
dignidade, sem nenhuma distinção.
(Itacir Brassiani msf)
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