Dia 20
de Agosto | Quinta-feira | 20ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (22,1-14)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais vos será
acrescentado! Aleluia! Aleluia!! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=TTIzApEAcYw)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 22,1-14
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Depois de uma longa caminhada missionária, durante a
qual exerce o ministério da compaixão em benefício do povo necessitado e forma
seus discípulos na novidade do Reino de Deus, Jesus chega a Jerusalém
· Lá ele é acolhido com alegria pela gente da periferia,
entra no templo com o chicote na mão e inicia um confronto duro e implacável
com a elite que controla o judaísmo e o povo
· Através de parábolas, inclusive a de hoje, ele
enfrenta esta elite e justifica a abertura das portas do reino de Deus aos
pobres
· Sacerdotes, escribas e fariseus recusam o convite para
a festa inclusiva do Reino de Deus, e não reconhecem e até contestam a
autoridade de Jesus.
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· O convite do Pai para participar da aliança do Filho
não exclui ninguém, mas há aqueles/as que se recusam a participar daquilo que
não lhes é exclusivo e não exclui ninguém
· Mesmo que seus enviados sejam tratados com violência,
o Pai não reage do mesmo modo: mas ele se dirige àqueles/as que alimentam a
esperança e a abertura à intervenção de Deus
· Como você vem respondendo a este convite para
participar da festa da vida que acolhe quem sempre foi relegado à margem?
· Você acolhe esse convite com alegria e compromisso, ou
“com dor de cotovelo”, como se você e sua classe fossem preteridos?
· E você está usando a roupa adequada para uma festa de
núpcias (prática da justiça) e não se preocupa com a coerência?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Peça a Jesus a graça de se comprometer e se alegrar
com a inversão de prioridades que o Evangelho propõe e inaugura
· Louve a Deus pelos sinais de reconhecimento da
dignidade das pessoas e grupos histórica e socialmente marginalizados
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passou
meus, seguindo os teus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qDB0xTgG7Is)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
O calendário litúrgico omite quase dois capítulos
do evangelho de Mateus e nos propõe para hoje o início do capítulo 22. A
parábola faz parte do quinto bloco narrativo de Mateus. Jesus percorreu um
longo e tumultuado caminho e chegou a Jerusalém. Ali ele travará um duro
confronto com a instituição do templo e seus defensores, que começa com sua
entrada no templo com chicote na mão e se prolonga em várias parábolas.
A parábola dos convidados para a festa de casamento
é um confronto aberto com os fariseus e mestres da lei, que representam a elite
religiosa. Os protagonistas são um rei que convida seus amigos para a festa de
casamento do seu filho (uma alusão a Jesus). Comer e festejar significa
participar da vontade de Deus, e evoca as refeições de Jesus com as pessoas
excluídas.
Os convidados preferenciais para a festa declinam
do convite reiterado do rei, e tratam seus enviados com violência. Na verdade,
rejeitam a autoridade de Jesus e a participação no dinamismo do Reino de Deus,
no qual há lugar para todos. Mesmo vendo seu convite rejeitado e seus enviados
tratados com violência, o rei não reage de modo violento nem pune aqueles que
não o reconhecem.
O rei deixa de convidar os que vivem nos templos e
corredores dos palácios e se dirige às pessoas e grupos que vivem nas
encruzilhadas (lugares de mendicância), abrindo a porta do seu Reino a todos,
sem exclusão: homens e mulheres, judeus e pagãos, doentes e pecadores, adultos
e crianças, bons e maus. É nisso que consiste a alegria do rei, e é nisso que
ele se parece com Deus Pai.
Alguém que aceitou o convite não tem as vestes
adequadas e é punido duramente. Trata-se de alguém que quer ser discípulo mas
não assume um novo jeito de viver. Deus trata severamente as elites e os
discípulos maus!
(Itacir Brassiani msf)
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