Mudemos os corações e as estruturas para que haja paz duradoura | 579 | 01.01.2025 | Lucas 2,16-21
Na
celebração de hoje se entrelaçam três eventos: o começo do ano civil; a
maternidade de Maria; a Jornada Mundial pela Paz. Nascendo de Maria, o Filho de
Deus se igualou a nós, resgatou-nos do domínio das instituições, e nos presenteou
com liberdade. O Espírito Santo nos deu a possibilidade de clamar a Deus em
nossas aflições e de relacionarmo-nos com ele como filhos.
Contemplemos a
chegada dos pastores à gruta Belém. Eles ficam impressionados com o que veem, e
comparam com aquilo que tinham ouvido. Eles compreendem o mistério de um Deus a
quem não apraz o poder, a grandeza, os cortejos de acólitos. Deus se alegra com
a solidariedade de quem se faz próximo dos deslocados. Eles louvam,
glorificando a Deus, por tudo o que veem e ouvem.
Acolhido por nós
e no meio de nós, Jesus de Nazaré pacifica o mundo criando relações novas,
baseadas na justiça e na fraternidade. Ele cumpre a promessa de Deus e realiza
a esperança da humanidade através dos homens e mulheres de boa vontade,
daqueles que não se resignam à paz aparente. Ele dirige nossos passos no
caminho da paz, graças ao seu coração misericordioso.
Na
sua mensagem para o dia de hoje, o Papa Francisco diz que “cada um de nós deve sentir-se, de
alguma forma, responsável pela devastação a que a nossa casa comum está
sujeita, a começar pelas ações que, mesmo indiretamente, alimentam os conflitos
que assolam a humanidade”. E diz que hoje se entrelaçam diversos desafios sistêmicos
que nos interpelam.
Ele se refere
especialmente “às desigualdades de todos os tipos, ao tratamento desumano dos
migrantes, à degradação ambiental, à confusão gerada intencionalmente pela
desinformação, à rejeição a qualquer tipo de diálogo e ao financiamento
ostensivo da indústria militar”. Segundo o Papa, “todos estes são fatores de
uma ameaça real à existência de toda a humanidade”.
Por isso, no início
deste ano, precisamos “escutar este grito da humanidade para nos sentirmos
chamados, juntos e de modo pessoal, a quebrar as correntes da injustiça para
proclamar a justiça de Deus”. Atos esporádicos de filantropia não serão
suficientes, diz o Papa. “São necessárias transformações culturais e
estruturais, para que possa haver também uma mudança duradoura”.
Meditação:
§ Observe
os pastores, e aprenda com eles a reconhecer e louvar a Deus pelos sinais da
sua presença
§ O que
poderíamos fazer para promover e enraizar a paz em nossa convivência na
primeira semana do ano 2025?
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