Jesus nos
livra do fardo de ter e de consumir cada vez mais | 558 |11. 12.2024 | Mateus 11,28-30
Num contexto de
rejeição de sua pessoa e sua mensagem, Jesus eleva seu louvor ao Pai pelos
discípulos e discípulas que, entendem e acolhem o caminho do Reino de Deus. E
sublinha que é resultado do querer de Deus que a elite do judaísmo nada consiga
entender da sua proposta e que os segredos da sabedoria da vida sejam
acessíveis aos pobres. Eles saíram do cansaço por causa da necessidade de
cumprir um monte de leis que não lavavam a nada.
A alegria e o consolo de Jesus é ver
que, para encontrar alívio dos fardos que carregamos, muitos homens e mulheres
seguem os seus passos. Sua palavra e suas ações abrem a nós as portas da liberdade
e da humanização, e todos precisamos aprender dele e com ele a promover, em
palavras e ações, o Reino de Deus, que suscita e inaugura práticas, estruturas,
relações, prioridades e perspectivas alternativas. Nada pode ser colocado fora
ou acima disso.
O jugo de Jesus
(uma das palavras que ele usa para falar do seu caminho ou proposta) não é
canga que amarra e domina, mas leveza que nos torna mais humanos. E ele nos
convida a aprender do seu coração a mansidão e a bondade, pois nele não há
espaço para a indiferença, para a vingança ou para a violência. O coração de
Jesus, ou o Reino que ele encarna e antecipa, é suave, bom e amável, é
misericórdia e compaixão que afirma, reabilita e liberta os cansados e
oprimidos.
É importante refletir
sobre o que hoje nos cansa ou nos deixa abatidos. Às vezes não demonstramos,
mas a competição predatória de querer chegar em primeiro lugar, de dominar
tudo, de ter e consumir tudo o que nos convencem que necessitamos, de tomar
medrosa distância dos empobrecidos e diferentes, de bajular os poderosos e
vencedores de plantão, de multiplicar orações e ritos sem fim, tudo isso nos
cansa e nos deixa vazios, exaustos e prostrados.
O nascimento de Jesus e seu Evangelho nos
apontam outro caminho, mais realizador e mais humano, menos cansativo e menos
pesado. Ele tem suas exigências, mas seus custos não são pagos pelo sacrifício
do gosto de viver e conviver. A felicidade não consiste em possuir tudo, mas em
necessitar pouco! A salvação é alcançada quando alargamos nossa tenda para que
nela caibam todos os humanos seres.
Meditação:
§ O evangelho de hoje nos
orienta para uma atitude madura e adequada na preparação do Natal: aprender de
Jesus
§ Você seria capaz de dar
nome e descrever o que é que mais está cansando e pesando para você hoje?
§ Você consegue
identificar os projetos e barreiras que pesam sobre as pessoas mais pobres e
dificultam seu crescimento?
§ Como você, sua família e
sua comunidade podem proceder para que as próprias festas natalinas não se
tornem vazias e pesadas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário